Amit Mehta, o juiz federal americano Amit Mehta, que concluiu que o Google (GOGL34) monopolizou ilegalmente o mercado de buscas, afirmou que até agosto de 2025 pretende tomar uma decisão sobre as medidas corretivas a serem impostas à big tech.
O Google havia pedido a Mehta por mais tempo para compartilhar com a unidade da Alphabet, sua controladora, suas propostas de recomendações para restaurar a concorrência no mercado, mas o pedido foi rejeitado.
Em uma audiência na sexta-feira (6), o juiz solicitou que o Departamento de Justiça apresente suas propostas de medidas até o fim do ano, para dar ao Google uma oportunidade justa de responder, segundo o “O Globo”.
“O Google precisa saber exatamente o que os autores querem. Isso precisa ser tanto preciso quanto detalhado”, disse Mehta.
O tribunal, após um julgamento de 10 semanas, chegou à conclusão de que, em agosto, que o Google bloqueou a concorrência, através de acordos exclusivos que envolveram US$ 26 bilhões (cerca de R$ 145 milhões) em pagamentos, principalmente para a Apple, para que seu motor de busca fosse o padrão em smartphones e navegadores web.
Conforme o argumento de Mehta, esses acordos de distribuição fizeram com que o Google dominasse o mercado e continuasse a aumentar os preços da publicidade online. O Google afirmou que planeja recorrer da decisão, segundo o veículo de notícias.
Foi sugerido ao juiz, pelo Departamento de Justiça, apresentar sugestões de medidas de correção em fevereiro, após reunir mais informações. O cronograma proposto se estendeu até abril, quando solicitou uma audiência para apresentar provas.
Além disso, o governo ainda quer descobrir, segundo David Dahlquist, um advogado do Departamento de Justiça, como o Google planeja incorporar inteligência artificial em seu serviço de busca e o que a empresa fez com seus contratos de distribuição.
Um advogado da big tech, John Schmidtlein, disse que a empresa provavelmente buscará informações sobre a Microsoft (MSTF34) e a OpenAI. Ainda não está claro quais dessas ações o governo buscará.
Google e Alphabet: Justiça dos EUA estuda separar empresas
Desmembrar o Google da Alphabet (GOOGL34) é uma das alternativas consideradas pelo Departamento de Justiça após uma decisão judicial histórica que concluiu que a empresa monopolizou o mercado de buscas online, conforme revelado por fontes familiarizadas com as discussões.
Essa medida representaria o primeiro esforço de Washington para desmantelar uma empresa por práticas de monopolização ilegal desde as tentativas frustradas com a Microsoft há duas décadas.
Alternativas menos drásticas incluem exigir que o Google compartilhe mais dados com concorrentes e implementar medidas para evitar que a empresa obtenha vantagens indevidas em produtos de inteligência artificial (IA), de acordo com fontes que preferiram não ser identificadas.
Independentemente da abordagem adotada, é provável que o governo busque proibir contratos exclusivos, que foram um dos principais pontos no caso contra o Google.
Caso o Departamento de Justiça avance com um plano de desmembramento, as unidades mais prováveis de serem desinvestidas são o sistema operacional Android e o navegador Chrome, segundo fontes.