O governo brasileiro detalhou, nesta quarta-feira (9), os termos de um novo leilão do Eco Invest. A finalidade é atrair capital estrangeiro para projetos de inovação e sustentabilidade, oferecendo, pela primeira vez, um mecanismo de hedge cambial.
Lançado em 2024, o Eco Invest visa a canalizar capital internacional para empreendimentos sustentáveis de longo prazo. O primeiro leilão foi realizado em outubro do ano passado, seguido por um segundo em agosto deste ano, focado na restauração de pastagens degradadas.
“Ao oferecer proteção cambial para o investidor internacional, o governo federal dá um passo importante para ampliar a confiança, atrair capital de longo prazo e impulsionar projetos estratégicos que fortalecem o desenvolvimento sustentável do país”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de acordo com o InfoMoney.
Governo libera crédito imobiliário com recursos da poupança
O governo federal deve anunciar nesta sexta-feira (10) um novo modelo de crédito imobiliário com recursos da poupança, em uma medida que pode injetar ao menos R$ 20 bilhões na economia de forma imediata, com possibilidade de alcançar até R$ 37,5 bilhões.
A proposta foi desenvolvida pelo Banco Central em parceria com os ministérios das Cidades, da Fazenda e com apoio da Caixa Econômica Federal, principal agente no crédito habitacional do país. A iniciativa acontece às vésperas das eleições municipais de 2026 e marca um movimento do governo Lula em direção ao incentivo ao crédito e ao consumo.
Nova dinâmica libera compulsório para crédito livre
O novo modelo altera a lógica atual do uso dos recursos da caderneta de poupança, permitindo que, para cada R$ 1 concedido em financiamento habitacional, os bancos tenham acesso ao mesmo valor para aplicação livre por até 5 anos. Ao fim desse período, será necessário liberar novo crédito imobiliário para manter o benefício.
Durante a fase de teste, que vai até o final de 2026, os bancos poderão usar até 5 pontos percentuais do compulsório – atualmente retido pelo BC – para aplicar na nova sistemática. Na prática, o compulsório obrigatório sobre a poupança cairia de 20% para 15% para as instituições que aderirem ao modelo.