MIneradora assume

Governo tenta assegurar compra da Bamin para Vale (VALE3)

Com estímulo do governo federal, a Vale está em tratativas finais para a compra da Bamin, incluindo seus três grandes projetos na Bahia

Foto: Vale/Reprodução
Foto: Vale/Reprodução

Com estímulo do governo federal, a Vale (VALE3) está em tratativas finais para a compra da Bamin, incluindo seus três grandes projetos na Bahia, uma jazida de minério de ferro em Caetité a concessão do trecho 1 da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul em Ilhéus.

Como foi apurado pelo portal CNN, duas fontes do alto escalão do governo confirmaram que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem atuado diretamente na negociação e há reuniões marcadas para esta semana em São Paulo envolvendo a Vale e investidores que podem entrar no negócio junto a mineradora.

A Bamin pertence ao grupo Eurasian Resources Group, com origem no Cazaquistão e sede em Luxemburgo, com produção de mais de um milhão de toneladas por ano de minério de ferro.

Em 2021, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o atual governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) à frente do Ministério da Infraestrutura, a Bamin ganhou o leilão da Fiol.

Problema pode afetar logística

A Fiol assumiu por 35 anos a concessão de um trecho de 537 quilômetros entre os municípios baianos de Caetité e Ilhéus. A ferrovia estava, na época, com 73% de execução como obra pública. O plano era terminá-la até o fim de 2025.

Contudo poucas obras foram para frente e o cronograma está comprometido.  A empresa também não deslanchou as obras de um terminal portuário no fim da linha, em Ilhéus para escoar a carga transportada pela ferrovia.

O drama está no fato de que a Fiol tem outros dois trechos. O tramo 2 (Caetité-Barreiras) está em construção pela estatal Infra S.A., mas não tem como funcionar de forma independente, pois não se conecta sozinho com nenhuma ferrovia e nenhum porto.

O trecho 3, entre Barreiras (BA) e Mara Rosa (GO), ainda não teve obras iniciadas e deve ser oferecido à iniciativa privada por meio de uma concessão. Ele se ligará à Ferrovia Norte-Sul.

A questão é que, sem o trecho 1 da Fiol e o Porto Sul de Ilhéus, a equação econômica dos outros dois ramos fica seriamente comprometida e as opções de escoamento logístico tornam-se reduzidas.

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