O grupo Best Western Hotel (BWH) colocou o Brasil em sua estratégia de crescimento e planeja abrir uma nova sede após ter fechado seus escritórios no país há dez anos. A empresa estava operando a partir de sua sede no México e a nova rota de alocação de investimentos seria Barueri, em São Paulo.
A operadora norte-americana tem hoteis em seis cidades no país. Segundo Ricardo Manarini, que está responsável por chefiar a operação de retorno da empresa, a meta é chegar a 20 hoteis em terras brasileiras.
O plano tem data limite até 2026 e as primeiras cidades seriam São Paulo e Rio de Janeiro, seguindo para Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília, passando de 900 quartos para 2.500 até o fim do período.
“A América do Sul, especificamente o Brasil, é muito importante para nós. Há 10 anos, o cenário macroeconômico mudou, e saímos. Mas agora estamos de volta ao mercado e há oportunidades para dobrar, ou mais, o número de propriedades aqui”, disse o presidente de operações internacionais da BWH Hotels e WorldHotels, Ron Pohl em entrevista ao portal Pipeline.
Sistema de franquias
A BWH opera em um sistema de franquias adicionando hotéis ao portfólio sem precisar construir novas propriedades. Pohl defende que a companhia se tornou muito complexa: “ Com os avanços na tecnologia, hotéis independentes têm problemas com agendamento e cobranças, além de cuidar das propriedades”, explicou.
A ideia de expansão passa também pela equipe de marketing, que contará com um setor de vendas próprio, além das dez pessoas que vão operar as atividades do escritório recém-aberto. A retomada segue em linha com o foco do grupo na América Latina.
O grupo, fundado em 1946 nos Estados Unidos, tem hoje 4,3 mil propriedades sob administração nos mercados de luxo ao econômico pelo mundo, passou a ter investimentos também na Índia, com 30 hotéis, e na Arábia Saudita (5), após notar uma saturação na Europa e nos EUA.
A BWH tem operações desde 1992 no Brasil, onde abriu escritório em 2003, encerrado em 2012 por um “conjunto de fatores” que começaram com a crise imobiliária em 2009 nos EUA, diz Manarini. “Mas o Brasil continua estratégico, e por isso não faz sentido não estar aqui. E a gente quer ficar um bom tempo no país.”