Estratégia do CEO

Grupo SBF (SBFG3) tem R$9 bi de receita no 4T24 e alavancagem próxima de zero

Por mais um trimestre, a companhia reportou números sólidos, consolidando sua estratégia de eficiência operacional, encerrando um ano importante

Fonte: Divulgação/Centauro
Fonte: Divulgação/Centauro

O grupo SBF (SBFG3) divulgou seu balanço para o quarto trimestre de 2024 com faturamento de R$9 bilhões, alta de 2,6% e lucro líquido de R$417,5 milhões, um crescimento de 83,3%. A alavancagem da empresa está próxima de zero e o CEO (presidente executivo) do grupo comemora.

Na direção do grupo há 12 anos, Pedro Zemel, atual dirigente da companhia que comanda a Centauro, deixa a cadeira no dia 24 de Abril. Ele vai assumir outro cargo de CEO na Zamp, que comanda as redes de fast food Burguer King e Popeyes no Brasil.

Fontes apuradas pelo portal NeoFeed indicaram que Zemel será indicado como membro do Conselho de Administração pela assembleia da companhia, ainda em abril.

O analista de ações da Empiricus, Henrique Cavalcante reforçou que o Grupo SBF encerrou 2024 entregando o que havia prometido: aumento da rentabilidade e deslavancagem financeira.

“Por mais um trimestre, a companhia reportou números sólidos, consolidando sua estratégia de eficiência operacional, encerrando um ano importante que levou a operação para um novo nível de rentabilidade, além de prepará-la para as condições macroeconômicas adversas de 2025.”, comentou.

Geração de caixa 

 Segundo o executivo, o resultado do ano passado foi alcançado com aumento na eficiência operacional e na redução na estratégia de descontos em preços de produtos para tentar aumentar a venda nas lojas.

“Nossa prioridade era justamente a geração de caixa e aumento do lucro líquido. Alcançamos pois diminuímos as despesas e aumentamos a margem” afirma o dirigente. A empresa encerrou 2024 com margem bruta de crescimento de 49,2%, dois pontos acima do que foi observado em 2023.

O fluxo de caixa operacional atingiu R$473 milhões no período, totalizando R$950 milhões no ano (+86% a/a). As despesas operacionais cresceram 5,5%, pressionadas pela provisão de remuneração variável, o que impactou o Ebitda. Ainda assim, o Ebitda ajustado cresceu 11,7% para R$ 236 milhões

“Olhando para frente, diante de um ambiente de juros elevados, acreditamos que a empresa seguirá priorizando a rentabilidade e geração de caixa em vez de crescimento, em linha com o que vimos em 2024, mas com um aumento gradual no nível de vendas.” acrescenta Cavalcante.