Paulo Guedes, o ministro da Economia, afirmou nesta terça-feira (12), que se sente incomodado com o fato de a Petrobras (PETR4) ainda ser metade estatal, pois decisões governamentais podem levar a empresa “a quebrar”.
Nesta terça, Guedes e Adolfo Saschida, ministro de Minas e Energia, prestaram esclarecimentos sobre a política nacional de preços e abastecimento de combustíveis na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
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O ministro da Economia afirmou que a desestatização de empresas como a Petrobras e a Eletrobras (ELET3;ELET6) não é questão de ideologia, mas de segurança energética. Além disso, afirmou que o modelo de monopólio no petróleo leva ao subinvestimento crônico.
A fala do ministro ocorre em meio a declarações de presidenciáveis acerca da política de preços dos combustíveis no Brasil. Sem citar nomes, Guedes afirmou que dois candidatos que pretendem concorrer à Presidência indicaram que irão voltar a praticar preços abaixo do valor internacional.
“Vão quebrar de novo a Petrobras. Por outro lado, corrigir preço todo dia é uma alucinação também. Os reajustes frenéticos da Petrobras são imprudentes, é preciso suavizar curvas”, disse.
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“Para recompor a situação financeira e atender acionistas, a Petrobras passou a reajustes semanais. Extremo de sentar em cima do preço quebrou a Petrobras, mas reajuste semanal é outro extremo”, afirmou o ministro.
Para Paulo Guedes, o governo deixou acontecer outro extremo ao reajustar o preço a cada 15 dias ou 7 dias. O ministro refere-se à política do PPI, de paridade ao preço internacional, que faz com que os preços dos combustíveis no Brasil sigam a cotação do petróleo e a variação cambial.