A H&M, segunda maior varejista de roupas do mundo, anunciou nesta quarta-feira (29) que irá expandir para a América do Sul e que já assinou “um grande número de arrendamentos” de locais. Está prevista a abertura de 94 lojas neste ano. Além disso, a empresa sueca divulgou que a margem de lucro no trimestre encerrado em maio subiu para 52,2%, em comparação aos 50,9% do mesmo período de 2021.
O lucro líquido trimestral somou US$ 361 milhões (3,68 bilhões de coroas suecas), bem acima dos 3 bilhões de coroas previstos pelos analistas.
A varejista conseguiu vender mais itens pelo preço cheio em seu segundo trimestre fiscal, fazendo com que o seu lucro superasse as expectativas.
A executiva-chefe da H&M, Helena Helmersson, ressaltou que as cadeias de abastecimento continuam sob pressão e a inflação foi “substancial”, apesar do relaxamento das medidas sanitárias contra a covid-19. Ela também alertou para a suspensão das atividades na Rússia, Ucrânia e Bielorrússia.
O nível dos estoques continuou a aumentar no trimestre e chegou a 19,2% das vendas nos últimos 12 meses. O índice é considerado um indicador da necessidade futura de aplicar descontos nos itens à venda.
Helmersson, contudo, disse que isso reflete, em parte, a transferência de estoque da Rússia para outras regiões e a aceleração dos pedidos por parte da empresa para fazer frente à previsão de interrupções na cadeia de abastecimento.
A companhia também anunciou que investirá cerca de 3 bilhões de coroas na recompra de ações classe “B” neste ano, mas isso não terá impacto no lucro por ação, já que a H&M planeja emitir bonificações em ações para manter seu capital acionário.
As ações da H&M, negociadas em Estocolmo, apresentam alta de 2,2% no pregão desta quarta-feira. No ano de 2022, porém, os papéis têm tido desempenho negativo e já somam perdas de 30,62%.