Sócio fundador e gestor da Alaska Asset, Henrique Bredda participou do painel “Brasil é a bola da vez para 2023?” nesta quinta-feira (4), na Expert XP. De acordo com ele, o país passa por uma cenário bastante positivo.
“Teremos eleição, mas Rússia e China não [ambos os países não têm eleições democráticas]. E eu acho melhor que ainda temos. Na Europa tem problema de energia, nós não temos. Nos EUA estão subindo juros e nós podemos estar em um final de ciclo, com desemprego na mínima… Quando a gente olha, não sei se estamos muito ruins não. É capaz de estarmos bem melhores nesses pontos importantes. Acho que o Brasil será, por um bom tempo, a bola da vez”, afirmou Henrique Bredda.
O painel “Brasil é a bola da vez para 2023?” também contou com as presenças de Rafael Bevilacqua, CEO e Estrategista-chefe da Levante, e Thomas Giuberti, Sócio fundador da Golden Investimentos e Head de Renda Variável. Danniela Eiger, Head de Varejo e Co-Head of Equity Research, mediou o debate.
Para Thomas Giuberti, o Brasil está iniciando um ambiente benigno. “No preço atual, tem mais espaço para subir, do que uma outra correção. Teremos eleição, é polêmico, mas as coisas seguirão seu rumo. Para mim, o Brasil vem construindo essa arquitetura e teremos bastante espaço para Brasil no ano que vem”, analisou o sócio fundador da Golden Investimentos.
Já para Rafael Bevilacqua, o Brasil deverá ser a bola da vez por estar em um momento muito bom. “Europa ferrada com inflação e sem energia. EUA em um ciclo ruim, e o Brasil na contramão. Inflação indo para baixo, não temos problema de energia, PIB devemos fechar o ano com um crescimento em 2%. Na eleição sabemos que não terá ruptura, o mercado conhece bem os dois lados, e empresas indo muito bem também. Estou otimista com isso”, destacou o CEO e Estrategista-chefe da Levante.
Henrique Bredda diz que inflação mundial não é ruim para o Brasil
Para Bredda, a inflação mundial é derivada da matéria-prima, o que significa que não é ruim para o Brasil, mas sim para o resto do mundo.
“A inflação no mundo está forte e isso é algo novo. No Brasil a gente sempre viu, isso é normal. Para o investidor internacional, mudou completamente. Essa inflação que veio no mundo é majoritariamente derivada do aumento de matérias-primas. Para o mundo isso é ruim, mas para o Brasil não. O que é custo para eles, é receita para nós”, afirmou Henrique Bredda.
Ainda de acordo com ele, o Brasil passa por um momento bastante positivo, fazendo com que vários setores possam ser escolhidos. “Balanço comercial está forte, arrecadação forte, caged indo bem. Commodities está bem, varejo será beneficiado. Particularmente gosto das empresas líquidas, que estão oferecendo muitas oportunidades”, analisou Bredda.
O fundador da Alaska também falou como sua gestora costuma fazer para sair da moda e se livrar até de empresas que nem existem.
“A moda muda. Mas isso é para quem segue moda. Nós não seguimos. Eu gosto de um sistema extremamente eficiente. Alguma empresa chamou atenção? A gente tenta saber se ela existe e está estabelecida. Segundo, se tem gente capacitada à frente dela. Terceiro ponto, se é boa de serviço, no que faz. Para depois, o principal, estar barata”, explicou Bredda.
“A gente entrou numa moda de power point. O modismo é muito difícil de lutar contra. O mundo de brincar de casinha chegou na bolsa e isso é muito importante que o investidor saiba separar. Olhar para o que existe e o que não existe é extremamente importante”, completou Rafael Bevilacqua.
Para Thomas Giuberti, o investidor precisa entender seu portfólio para aguentar as volatilidades do mercado, mesmo num momento oportuno.
“O investidor precisa ter o portfólio adequado para aguentar as volatilidades. O mercado vem chacoalhando muito, então é fundamental o investidor entender o limite de portfólio dele para aguentar essa volatilidade”, salientou Giuberti.
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“É um momento extremamente oportuno. Eu olhando bolsa hoje, vários ativos subindo, vem o questionamento: ‘será que estamos chegando no final do ciclo de alta de juros do Brasil?’ Fica essa alta reflexão para entendermos onde estamos”, completou o Sócio fundador da Golden Investimentos, que participou ao lado de Henrique Bredda e Rafael Bevilacqua.