O Banco Master escolheu Henrique Meirelles para substituir Ricardo Lewandowski como integrante do seu comitê estratégico. A informação foi confirmada por fontes internas ao BP Money.
Meirelles é amplamente reconhecido como uma das personalidades mais respeitadas no cenário financeiro global. Sua trajetória inclui a presidência internacional do BankBoston, a liderança do Banco Central do Brasil (BCB) de 2003 a 2011 durante a gestão de Lula e o cargo de Ministro da Fazenda durante o Governo Michel Temer de 2016 a 2018.
A mudança surge em linha da proposta do Banco Master de aprimorar suas práticas de governança.
O comitê também conta com a participação do presidente do Master, Daniel Vorcaro, e do CEO do banco comercial, Augusto Lima.
O Master registrou um notável crescimento nos últimos anos sob o comando de Vorcaro, o que levou à sua reclassificação como S3 pelo Banco Central. Esse marco coloca o banco no grupo de instituições com porte superior a 1% do PIB.
Como consequência desse crescimento, o banco está fortalecendo suas estruturas e planeja estabelecer um comitê de auditoria e um conselho de administração nos próximos trimestres.
É interessante observar que Nelson Jobim, outro ex-membro do STF, também encontrou um cargo em um banco após sua saída da corte suprema.
Quem é Henrique Meirelles
O mais novo membor do comitê estratégico do Banco Master foi o presidente mais duradouro do BC (Banco Central) teve origem em uma família com forte envolvimento político em Goiás.
Sua trajetória inicial foi marcada por ativismo juvenil, liderando protestos contra aumentos de tarifas no transporte e material escolar.
Após se mudar para São Paulo e cursar Engenharia Civil na USP, seus planos políticos foram interrompidos pela repressão do governo militar. Em seguida, obteve um MBA na UFRJ e ingressou na área de Leasing do Bank of Boston em 1974.
Seu desempenho excepcional o levou rapidamente à vice-presidência da instituição apenas quatro anos depois.
Em 1984, assumiu a presidência da subsidiária brasileira do banco, alcançando notáveis resultados que o catapultaram para posições de maior destaque. Em 1996, tornou-se o primeiro brasileiro a ser presidente global de um banco norte-americano.
“Porta giratória”
A expressão “porta giratória” no contexto político descreve o movimento em que pessoas que exerciam cargos públicos, como agentes, membros de governos ou servidores, passam a ocupar posições na iniciativa privada relacionadas às suas atividades anteriores no setor público.
Além disso, o termo também é usado quando ex-funcionários do setor privado ingressam no governo, frequentemente assumindo cargos importantes ou de influência.