Setor está crescendo

Hospitais nas mãos de grupo familiar viram alvo de aquisição

Após os movimentos recentes de fusão de hospitais entre Dasa e Amil e Rede D’Or com Bradesco Seguros, o setor começou a tomar forma

Foto: Freepik
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Após os movimentos recentes de fusão de hospitais entre Dasa (DASA3) e Amil e Rede D’Or (RDOR3) com Bradesco Seguros, o setor de saúde começou a desenhar novos cenários e os próximos passos. Apesar de o momento ainda não ser o mais propício para novas aquisições, ainda há potencial para novas operações no mercado.

Há ativos no radar e consolidadores com menor alavancagem e maior fôlego de capital de giro, como a empresa da família Moll, controlada pela proprietária de hospitais Rede D’Or, e Hapvida (HAPV3), que podem seguir novas frentes.

Um levantamento da butique de investimentos BR Finance aponta que 139 hospitais já foram adquiridos pelos grandes grupos. Atualmente, há cerca de 270 unidades ainda nas mãos de seus fundadores, sendo ativos situados em locais com mais de 200 mil habitantes. Deste total, 96 possuem mais de 100 leitos e 176 detêm entre 50 e 100 unidades de internação.

Contudo, no alvo, segundo o “Valor”, estão ativos de negócios de gestão profissionalizada, que oferecem poucos riscos.

Além disso, há interesse do mercado pelo Grupo Santa, rede com seis unidades, entre elas o Hospital Santa Lúcia, referência em Brasília.

Em 2023, o Bradesco Seguros adquiriu 20% da rede e não há preferência da seguradora para aquisição do restante. No geral, a seguradora possui controle de seus ativos, como, por exemplo, OdontoPrev e Fleury.

Hapvida (HAPV3) fecha acordo de até R$ 600 mi para construção de hospitais

Hapvida (HAPV3) anunciou que celebrou um memorando de entendimento com a gestora Riza para o custeio de dois novos hospitais sob medida nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O valor do negócio pode chegar a R$ 600 milhões.

A transação da Hapvida (HAPV3) prevê um montante de R$ 300 milhões para a compra de terrenos onde os hospitais serão instalados nas duas cidades. Além disso, a Riza irá captar um adicional de até R$ 300 milhões para o desenvolvimento dos empreendimentos.

“A transação está em linha com a nossa estratégia, otimizando a alocação de capital para o negócio, o que possibilitará a aceleração de outros projetos assistenciais previstos no plano de investimentos de 2024/2025”, informou a companhia, de acordo com o “Valor”.