Ibedec recorre contra compra de ações da BRF pela Marfrig

Instituto afirma que liberação do Cade para aquisição dos papéis pela Marfrig pode prejudicar a concorrência e consumidores

O Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa do Consumidor (Ibedec) entrou com recurso contra a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que autorizou a compra de 31,66% das ações da BRF pela Marfrig. Segundo a instituição, a aquisição deve prejudicar concorrentes e consumidores por conta de um risco de fechamento do mercado de hambúrgueres.

“É uma pauta importante aos consumidores. Em um país já pressionado pela inflação, concentrar mercado representa risco grave à cadeia econômica como um todo”, diz um trecho da requisição enviada na sexta-feira (8) ao tribunal administrativo do Cade.

O pedido do instituto é para o Cade dar um passo atrás e ouvir os atores do mercado antes de bater o martelo sobre a aquisição.

“A Superintendência-Geral do Cade sequer aprofundou a instrução do Ato de Concentração, com o envio de ofícios ao mercado para entender como os demais concorrentes, clientes, fornecedores e partes relacionadas da Marfrig e BRF vêem a operação”, diz um trecho do pedido. “Apresenta-se como imperativo o aprofundamento da instrução do caso no sentido de enviar ofícios ao mercado e requerer informações que auxiliem o Cade a tomar a decisão mais adequada.”
 

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