O Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio) da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) caiu 1,1% em janeiro, para 109 pontos, de acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (28). Em relação a janeiro de 2024, a queda foi de 0,1%.
Segundo a CNC, o recuo é um sinal de menos otimismo entre os comerciantes neste início de ano. A confederação avalia que os varejistas foram impactados pelas dificuldade econômicas deste ano, além de se preocuparem com um aumento de gastos, que costuma ocorrer no início do ano.
Entre os gastos extras no início do ano estão o IPTU, o IPVA e custos escolares (que aumentaram).
Entre os tópicos usados como base para o Icec, foram registrados recuos nas condições atuais (-1,7%) e em expectativas (-1,7%), em relação a dezembro, e de -1,2% e -1,2% se comparado ao mesmo mês do ano anterior. Ao mesmo tempo, as intenções de investimentos cresceram 0,2% em relação a dezembro e 2,4% na comparação anual.
“O cenário é de cautela para o comércio, o que nos alerta para a necessidade de redobrarmos esforços em prol da retomada econômica, especialmente em um momento de maior pressão sobre os custos”, afirmou, em comunicado, o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
“Por outro lado, é animador ver que os investimentos continuam avançando, o que demonstra o comprometimento dos varejistas com a superação dos desafios”, lembrou Tadros.
FGV: Confiança da Construção recuou 1,9 pontos em janeiro
O ICTS (Índice de Confiança da Construção) do FGV IBRE caiu 1,9 pontos em janeiro para 94,9 pontos. Na média móvel trimestral, o índice recuou 0,8 ponto.
A percepção sobre os negócios correntes da empresa de edificações melhorou. Contudo, as empresas de instalações que compõem o segmento de Serviços Especializados, ficaram mais pessimistas, puxando o ICST consolidado.
No geral, as empresas se tornaram mais pessimistas em relação à demanda dos próximos meses como destacou, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo.
Segundo a FGV, em janeiro, a confiança foi influenciada tanto pelo ISA-CCT (Índice de Situação Atual) quanto pelo IE-CST (Índice de Expectativas). O IE-CST teve a queda mais significativa, caindo 3,3 pontos, para 94,2 pontos, seu nível mais baixo desde janeiro de 2023.
O ISA-CST também diminuiu, mas por uma margem menor de 0,4 pontos, para 95,8 pontos. Estas alterações resultaram numa queda do ICST global.