iFood: falha no aplicativo promove ataques políticos
Foto: Divulgação/iFood

O iFood avalia a compra de uma empresa de benefícios corporativos e já demonstrou interesse em nomes relevantes do mercado de vale-refeição, como Ticket (da Edenred) e Alelo.

A estratégia busca ampliar escala, acelerar a base corporativa e aprofundar o uso da plataforma em um segmento que movimenta mais de US$ 27 bilhões por ano no Brasil.

Mudanças regulatórias no vale-alimentação destravam movimentos

O plano ganhou tração após o governo brasileiro alterar as regras dos vales-alimentação e refeição, limitando taxas cobradas de restaurantes e reduzindo prazos de pagamento.

Sendo assim, o novo desenho pressionou modelos de monetização do setor e abriu espaço para consolidação. As ações da Edenred recuaram após o anúncio, e a empresa afirmou que avaliaria medidas legais.

iFood busca escala no benefício corporativo

O iFood já opera um programa de benefícios e também é impactado pelas mudanças. Ainda assim, a companhia vê valor estratégico em aquisições para ganhar escala, elevar a base, hoje em torno de 1 milhão de beneficiários, e aumentar o tempo de permanência de clientes na plataforma, que integra pedidos de restaurantes e supermercados.

Procurado, o iFood não comentou. A Edenred, controladora da Ticket, informou por e-mail que “não mantém qualquer negociação de venda da Ticket”.

Alelo segue no radar

No início do ano, o iFood apresentou uma oferta pela Alelo e segue considerando a empresa um alvo relevante. A intenção é de concluir o negócio em até seis meses, segundo a fonte. Banco do Brasil e Bradesco, controladores da Alelo, não comentaram.

Ticket e concorrência no setor

A Ticket figura entre as maiores do segmento no País e atende clientes como Itaú e Correios, conforme informações públicas. O setor vive um momento de ajuste competitivo, com players revisando estratégias diante do novo marco regulatório.

Peso do iFood na economia

Líder em delivery no Brasil, o iFood respondeu por 0,64% do PIB em 2024 e gerou R$ 140 bilhões em atividade econômica, segundo a FIPE.

Dessa forma, para a controladora Prosus, a operação contribuiu com US$ 184 milhões em EBITDA ajustado nos seis meses até setembro, alta de 57,3% na comparação anual.

Além disso, em relatório, a Prosus destacou crescimento de receita e execução no core de delivery, além do avanço da Pago, braço de fintech.

Em suma, o vale-refeição do iFood já atende empresas como XP e Ambev e também pode ser usado em serviços de saúde, bem-estar e mobilidade, reforçando a proposta de ecossistema.