iFood reduz prejuízo comercial no 1º semestre fiscal

No Brasil, o iFood registrou receitas de US$ 606 milhões em entregas

A dona do iFood, Prosus, registrou lucro comercial de US$ 1,4 bilhão no primeiro semestre fiscal do ano de 2023. O resultado representa uma queda de 37% na comparação anual. As receitas da companhia foram de US$ 16,5 bilhões no período entre janeiro e junho, alta de 9% sobre o mesmo período de 2021, segundo o jornal “Valor Econômico”.

No Brasil, o iFood registrou receitas de US$ 606 milhões em entregas de restaurantes durante o semestre, crescimento de 29% na comparação anual. O volume bruto de mercadorias (GMV, na sigla em inglês) subiu 13%, enquanto pedidos aumentaram 2%. A plataforma reduziu prejuízo comercial para US$ 59 milhões.

Já no segmento de comércio rápido e entrega de supermercados do iFood, a Prosus destacou o crescimento robusto, com pedidos crescendo 152% e o GMV aumentando 102%. A plataforma opera modelo híbrido, com parcerias de supermercados e investimentos em “dark stores”.

Também dona da OLX, o site registrou receitas de US$ 1,22 bilhões, crescimento de 64% em um ano, enquanto o prejuízo comercial aumentou para US$ 154 milhões. A Prosus também tem investimentos em outras startups no Brasil e no mundo, como Kovi e Brainly, além de ser a maior acionista individual na Tencent.

Ifood encerrou operações na Colômbia

Em outubro, o BP Money adiantou que o iFood encerraria as suas operações na Colômbia, onde atua desde 2015. De acordo com a apuração, a empresa brasileira de delivery optou por priorizar mercados mais importantes, como o do Brasil, e otimizar novas variáveis do negócio. 

Além disso, o cenário global instável, com a alta das taxas de juros e uma possível recessão já no curto prazo, também pesaram na decisão do Ifood de abandonar a Colômbia. 

“É uma equação difícil. Claramente a operação na Colômbia era um grande desafio e não vinha bem. Com a economia global mudando, o desafio se tornou ainda maior. No momento, creio que a empresa optou por reunir forças em outros mercados e sair da Colômbia onde a briga era grande demais para o momento”, disse uma fonte com conhecimento do setor.

O iFood confirmou a saída no dia 21 de outubro, alegando que se tratava de “uma estratégia de negócio em função do mercado de capitais“.