Ikeg: concorrente do copo Stanley atrasa entregas e gera revolta

Ikeg pode receber multa milionária do Procon-SP

Os copos Stanley viraram uma febre nacional por conservar a bebida gelada, principalmente a cerveja, por um tempo bastante significativo. Porém, com o alto preço do produto, concorrentes mais em conta começaram a surgir, como a Ikeg. O detalhe é que a empresa tem atrasado às entregas e acabou gerando revolta dos compradores. 

O médico Rafael Aguiar comprou dois copos da Ikeg, em fevereiro deste ano, e desembolsou R$ 244. Já em maio, próximo da primeira entrega, comprou mais um por R$ 99. No entanto, ainda não recebeu nenhum pedido. 

“Eu não cheguei a pesquisar para ver se a Ikeg estava fazendo as entregas. Resolvi comprar mais um para ver se chegava tudo junto. Foi uma ilusão minha”, diz Aguiar, segundo o UOL. 

Ikeg vende compos térmicos e outros produtos | Foto: Reprodução

No site oficial, a Ikeg promete entregar o produto em até 60 dias úteis, pois são importados da China. O centro de distribuição da Ikeg está localizado no bairro Tatuapé, zona leste de São Paulo, segundo informa a companhia, e tem como parceiro logístico a Loggi. 

Ikeg tem mais de 20 mil reclamações

O site do Reclame Aqui reúne mais 23.800 reclamações contra a Ikeg, sendo 20 mil apenas nos últimos seis meses. De acordo com levantamento do Procon-SP, 681 registros foram relacionados a não entrega/demora na entrega no primeiro semestre de 2022. 

Até mesmo um abaixo-assinado com mais de 250 assinaturas pede uma ação pública contra a empresa. No YouTube, pessoas passaram a publicar vídeos informando que foram lesados pela Ikeg. 

Ainda de acordo com à publicação, o Procon-SP irá notificar a empresa por conta dos inúmeros registros em seu site. Após a notificação, a Ikeg terá até sexta-feira (19) para elaborar um plano de ação a fim de resolver as demandas apontadas pelos consumidores. 

Multa pode chegar a R$ 3 milhões

Caso não resolva, a Ikeg poderá pagar uma multa de até R$ 3 milhões. Segundo a empresa, um problema na troca de sistema no site no início deste ano acabou resultando na perda de endereços dos clientes e, consequentemente, gerou atrasos nas entregas. 

Desenvolvedor de software, Alex Borges comprou uma chopeira portátil e uma caixa de 12 cápsulas para o produto por R$ 1.100 em abril. Além da dificuldade de contato, ele afirma que não consegue rastrear sua compra.

Borges tem usado o número do pedido, disponibilizado no final de julho, no site da Loggi, mas a mensagem que aparece é “não encontramos pedidos com esse código”.

De acordo com o CEO da Ikeg, José Gnoato, a atualização da plataforma, feita para comportar mais acessos de usuários, modificou os endereços dos clientes. Segundo ele, a empresa tem entrado em contato com cada consumidor para recadastrar os dados. 

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Porém, alguns clientes afirmam não ter recebido nenhum contato e, no site, o endereço segue o mesmo.  A Ikeg existe desde 2018 e tem José Gnoato e André Salton como sócios. 

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