A Intel (ITLC34) reportou nesta quinta-feira (27) o seu resultado no primeiro trimestre de 2023. A companhia de tecnologia registrou prejuízo de US$ 2,8 bilhões no primeiro trimestre de 2023, revertendo o lucro de US$ 8,1 bilhões registrado um ano antes.
Foi o pior resultado da história da Intel, superando o prejuízo de US$ 687 milhões da companhia, no quarto trimestre de 2017. Com isso, a empresa registrou uma perda de 4 centavos de dólar por ação no período. As informações são do “Infomoney”.
As receitas da companhia sofreram uma queda de 36%, na comparação anual, para US$ 11,7 bilhões. A fabricante de semicondutores passou pelo quinto trimestre consecutivo de queda nas vendas.
A divisão de computação para clientes, que inclui a fabricação de chips para PCs e laptops, registrou uma queda de 38% no faturamento, para US$ 5,8 bilhões. A unidade de data center e inteligência artificial, por sua vez, viu as receitas decaírem 39%, para US$ 3,7 bilhões.
Demissões em massa x corte de salários
Em outubro de 2022, a Intel pretendia demitir 20% de todo o seu corpo de funcionários em decorrência do aumento nos custos de produção e a queda nas vendas de PCs. De acordo com as agências de notícias Reuters e a Bloomberg, as demissões seriam anunciadas ainda naquele mês.
No entanto, o site “SemiAnalysis”, noticiou em fevereiro deste ano que a companhia determinou cortes nos salários de funcionários de diversos níveis para economizar recursos já no primeiro semestre de 2023.
Segundo o “Financial Times”, os cortes afetam apenas salários-base e benefícios secundários, sem ter impacto sobre bônus e ações — que compõem a maior parte da remuneração dos executivos de alto escalão.
Começando com uma diminuição de 5% para funcionários de nível médio, os cortes chegam a 10% para gerentes sênior e 15% para a liderança executiva. Pat Gelsinger, CEO da empresa, terá seu salário reduzido em 25%. Já os funcionários pagos por hora não terão seus salários reduzidos.
No ano passado, a Intel divulgou que a meta de orçamento para salários em 2022 era de US$ 26,3 milhões, dos quais US$ 1,25 milhão representava o salário-base. A partir de agora, o objetivo da companhia é economizar US$ 3 bilhões anuais.