Investir em terrenos virtuais é uma boa?

O mercado imobiliário vem tentando de todas as formas se recuperar, sinais dessa melhoria é a digitalização do mercado.

Após passar por um período de crise entre 2015 e 2017, o mercado imobiliário vem tentando de todas as formas se recuperar, sinais dessa melhoria é a digitalização do mercado. Se quiser saber a opnião dos especialistas sobre, confere aqui.

O uso de recursos digitais gerou ganhos para todas as pontas do setor, tanto através da criação de leads mais qualificados quanto da aceleração das etapas finais do processo de compra e venda, usando pagamentos e assinaturas de contratos virtuais. 

Mas parece que a brincadeira ficou séria e o metaverso decidiu elevar o nível dessa bolha imobiliária.  E não para por aí, comprar um terreno em ambiente virtual pode ser mais caro do que uma cobertura no Leblon.  

A cidade virtual Descentraland possui 90.6 mil parcels de área total, o que equivale a 3.6 milhões de acres ou 14.66 bilhões de m2, sendo 9,6 vezes maior que cidade de São Paulo e 11,9 vezes o tamanho da capital do Rio de Janeiro. 

E assim como toda grande cidade, as áreas de Descentraland tem muito sido cobiçadas. Durante a última semana, um “terreno” com 566m², foi vendido pelo montante de $2,4 milhões (R$13,6 milhões). Se avaliado por m2, a venda saiu por cerca de R$23,97 mil por m², superando o valor cobrado por m² do Leblon, que de acordo a Fipezap está em R$21,9 mil (neste caso, por área construída). 

Pode ser que seu espanto diminua ao saber que que a compra foi feita em “Mana”, a moeda virtual do universo em questão e desde que sua aquisição a valorização dessa moeda já ultrapassou os 50%. A expectativa com as possibilidades de um Metaverso começar a se tornar realidade, tem animado os investidores desta bolha virtual.                                                                               

Para a empresa Tokens.com, que fez a compra, a aposta faz sentido. O terreno está localizado na Fashion Street, que como o próprio nome já diz, é uma área voltada para produtores da indústria da moda. A Tokens.com espera usar esse espaço para realizar desfiles e promover vendas de roupas e outros objetos, feitos em parcerias com empresas aqui do mundo real. 

Outra tendência da moda virtual ficou por conta da marca italiana Gucci que em maio de 2021 lançou uma versão digital da bolsa Dyonisius.  O lançamento contou com unidades e prazo de compra limitados e as vendas se esgotaram rápido, dando origem a um mercado secundário.  Os usuários que compraram a versão virtual acabaram pagando $4115 por uma unidade. No mundo real a bolsa custa $3,7 mil. 

O crescimento dos diversos negócios que são possíveis em mundos NFTs é substancial e contam com algumas Criptos, como a própria Mana, ou The SandBox, entre as mais bem sucedidas liderando esta curta corrida do ouro. 

E não são apenas bolsas e terrenos que estão conquistando os investidores, recentemente um iate virtual foi vendido por R$3,6 milhões no The Sandbox, esse universo também foi a escolha da Adidas para realizar sua estreia neste ambiente. 

Na última semana foram $53,9 milhões em transações envolvendo 3370 NFTs. Esse valor que chega a cerca de R$304 milhões, é aproximadamente 2,5 vezes superior ao faturamento semanal da MRV (R$124 milhões em 2020), a maior construtora brasileira. 

O Facebook busca se tornar o landlord do Metaverso e alterou seu nome para Meta, com uma promessa de investir $10 bilhões para consolidar o seu ambiente de realidade virtual. Saiba mais clicando aqui.

No ano, as valorizações da Mana e Sand superam 3000% e buscam competir a gigante comandada por Mark Zuckerberg neste desafio, e mostrar que, ao menos no ambiente virtual, investir em terrenos ainda é uma boa ideia.

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