IRB Brasil (IRBR3) registra alta de 80,4% no prejuízo do 2T22

No 2T22, o prejuízo foi de R$ 373,3 milhões, enquanto que no 2T21, foi de R$ 206,9 milhões

O IRB Brasil Resseguros (IRBR3) divulgou, nesta terça-feira (16), que obteve um prejuízo líquido de R$ 373,3 milhões no 2T22, registrando uma alta de 80,4% em relação ao 2T21, no qual o prejuízo líquido foi de RS 206,9 milhões. 

Enquanto a emissão de prêmios pela IRB no 2T22, no Brasil e no exterior, foi de R$ 1,68 bilhões, uma baixa de 22% em relação ao 2T21, no qual a emissão foi RS 2,16 bilhões. 

Insuficiência da IRB

O patrimônio líquido ajustado se mostrou insuficiente em relação ao capital mínimo requerido, já que foi de R$ 613,8 milhões, apenas 64% do requerido na data. 

A companhia também se mostrou insuficiente em relação ao enquadramento da cobertura de provisões técnicas e liquidez regulatória da ordem, que foi de R$ 729,7 milhões, em comparação   ao saldo positivo de R$ 235,5 milhões em 31 de dezembro de 2021.

Possível aumento de capital da IRB 

Na mesma semana que a IRB divulgou os resultados do trimestre, por meio de fato relevante,a empresa informou que “avalia diversas alternativas disponíveis para o reforço de sua condição financeira”. O anúncio veio depois fontes internas citarem um possível aumento de capital de até R$ 1,5 bilhão. 

Caso o aumento de capital se concretize, a ação subirá para R$ 1, como um modo de contornar as exigências regulatórias acerca da liquidez da companhia. Há três trimestres, a companhia sofre com a insuficiência no seu índice de liquidez, que caiu de 143% para 106% em março deste ano.

“(O IRB) estuda a possibilidade de realização de uma operação de captação de recursos, que em princípio consistiria em uma oferta pública subsequente de distribuição primária de ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal, de emissão da Companhia, todas livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames, com esforços restritos de colocação, a ser realizada no Brasil, nos termos da legislação e regulamentação aplicáveis, e com esforços de colocação no exterior”, segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Porém, “até o momento, ainda não definiu ou aprovou a efetiva realização da Potencial Captação ou a sua estrutura”, afirmou a companhia.

O IRB também disse, em fato relevante, que ainda não definiu os valores, estimados em R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão, segundo as fontes internas da empresa. A oferta pública ‘não está sendo realizada em qualquer jurisdição’, afirma a companhia. 

“A efetiva realização da Potencial Captação, assim como qualquer operação de captação de recursos no mercado de capitais que a Companhia poderá realizar, está sujeita, entre outros fatores, às condições do mercado de capitais brasileiro e internacional, à obtenção das aprovações necessárias, incluindo as respectivas aprovações societárias aplicáveis, às condições políticas e macroeconômicas favoráveis, ao interesse de investidores, dentre outros fatores alheios à vontade da Companhia”, afirma. 

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