IRB (IRBR3): short na empresa chega ao limite; entenda

Cerca de 316 milhões de ações do IRB estão alugadas

A quantidade de ações alugadas da IRB Brasil (IRBR3) está perto do limite definido pela B3, de 25% do free float (as ações em circulação no mercado). Muitos investidores têm realizado o movimento de “short”, tanto que cerca de 316 milhões de ações do IRB estão alugadas. 

Se o short da empresa chegar ao limite, a B3 irá interromper o registro de novos contratos e determinará o encerramento de operações para que o limite volte a ser respeitado. Existe também a possibilidade de haver um reajuste nos limites de negociação.

Até o início de julho, cerca de 200 milhões de ações da IRB estavam alugadas (16% do free float). Após registrar insuficiência de R$ 613,8 milhões do patrimônio líquido ajustado em relação ao capital mínimo requerida no segundo trimestre, houve uma explosão de aluguéis de ações.

IRB Brasil (IRBR3) confirmou possível aumento de capital

Em 15 de agosto, o IRB Brasil (IRBR3) divulgou, por meio de fato relevante, que a empresa “avalia diversas alternativas disponíveis para o reforço de sua condição financeira”. O anúncio veio depois fontes internas citarem um possível aumento de capital de até R$ 1,5 bilhão.

Caso o aumento de capital se concretize, a ação subirá para R$ 1, como um modo de contornar as exigências regulatórias acerca da liquidez da companhia. Há três trimestres, a companhia sofre com a insuficiência no seu índice de liquidez, que caiu de 143% para 106% em março deste ano.

“(O IRB) estuda a possibilidade de realização de uma operação de captação de recursos, que em princípio consistiria em uma oferta pública subsequente de distribuição primária de ações ordinárias, todas nominativas, escriturais e sem valor nominal, de emissão da Companhia, todas livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames, com esforços restritos de colocação, a ser realizada no Brasil, nos termos da legislação e regulamentação aplicáveis, e com esforços de colocação no exterior”, segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).Porém, “até o momento, ainda não definiu ou aprovou a efetiva realização da Potencial Captação ou a sua estrutura”, afirmou a companhia.

O IRB também disse, em fato relevante, que ainda não definiu os valores, estimados em R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão, segundo as fontes internas da empresa. A oferta pública ‘não está sendo realizada em qualquer jurisdição’, afirmou a companhia.