O BC (Banco Central) aprovou a divisão total entre Itaú (ITUB4) e o Itaú BBA, conforme divulgação da companhia, nesta quinta-feira (16).
A cisão entre o banco e o BBA já era aguardada e foi aprovada em AGE (Assembleia Geral Extraordinária) em novembro de 2023. A proposta aprovada “objetiva maior eficiência e retorno dos valores investidos”, segundo o comunicado do banco.
“O Conglomerado Itaú Unibanco tem buscado, de forma constante, a racionalização do uso de seus recursos e a otimização de suas estruturas e negócios”, disse à companhia quando a proposta foi submetida à AGE.
O patrimônio líquido do Itaú BBA foi avaliado em R$ 3,01 bilhões, conforme avaliação feita pela PwC. A parte que vai para a Itaú Assessoria tem ativos e passivos avaliados em R$ 2,309 bilhões.
Ao mesmo tempo, a parte que fica com o Itaú foi avaliada na cifra de R$ 709,2 milhões.
Itaúsa (ITSA4) no 1TRI24: resultado foi ‘positivo’, puxado pelo banco Itaú
O balanço de resultados da Itaúsa (ITSA4) referente ao primeiro trimestre de 2024 foi, na avaliação dos especialistas ouvidos pelo BP Money, positivo.
No primeiro trimestre de 2024 (1T24), a Itaúsa (ITSA4), holding controladora do banco Itaú (ITUB4), registrou um aumento de 38,1% no lucro líquido recorrente em comparação com o mesmo período de 2023, passando de R$ 2,595 bilhões para R$ 3,585 bilhões.
Para Matheus Nascimento, analista da Levante, o resultado foi influenciado, principalmente, pelo desempenho robusto do banco, “que segue perfomando muito bem no atual cenário”.
“O desempenho financeiro da holding também foi positivo, dado que houveram menores despesas no comparativo trimestral e anual. Vale comentar que o desempenho da Alpargatas foi positivo, após alguns trimestres desafiadores. Os volumes de vendas sendo retomados e disciplina nos custos e despesas tornaram os números atrativos”, destaca Nacimento.
Milton Rabelo, da Vg Research, chama atenção para a evolução nos lucros e rentabilidade sobre o patrimônio líquido da empresa, além de forte diminuição do endividamento líquido, “em função, sobretudo da venda das ações da XP no mercado”.
“Essas vendas das ações da XP realizadas gradualmente nos últimos anos foram decisivas para o processo de desalavancagem da holding e para aumento da distribuição de proventos aos acionistas”, pontua Rabelo.
Além disso, ressalta Milton, o atual desconto de holding da Itaúsa segue em “patamares elevados”, apesar do encaminhamento da reforma tributária no Congresso.
“Vale lembrar que a reforma tributária deve reduzir determinadas ineficiências tributárias, o que tende a gerar valor aos acionistas das holdings numa perspectiva de médio prazo”, explica o analista da Vg Research.