Janguiê Diniz, da Ser Educacional, revela desejo em abrir novas empresas

Segundo Diniz, a chave para conquistar riqueza é o universo do empreendedorismo e dos investimentos

Janguiê Diniz, CEO da Ser Educacional (SEER3), comentou sobre sua vontade de abrir mais nove empresas ao longo da vida, incluindo uma empresa de mapeamento genético que, segundo ele, “será milionária”. A afirmação foi feita durante o Bossa Summit 2023, evento de startups e investimentos que acontece nesta quinta (23) em São Paulo.

O desejo do CEO se deriva da paixão por empreender. Em sua palestra durante o evento, Diniz relembra sua trajetória até a bolsa de valores. Filho mais velho de uma família de oito crianças, o também head de mercado e portfólio da Bossanova Investimentos cresceu no sul da Paraíba, onde enfrentou a linha da extrema pobreza.

“Eu sou do sul da Paraíba, aos seis anos a gente precisou fugir da seca, aos oito anos eu virei engraxate, e eu entrei para aquela famosa lista da Forbes. Estou não dizendo isso para me gabar, eu estou dizendo isso para dizer que é possível”, disse.

Segundo ele, a vontade de ter sucesso sempre esteve presente. Formado em direito, Diniz já foi juiz e escreveu mais de 30 livros sobre sua história. Entre os sonhos: o de criar uma faculdade. Em 2003, certificado pelo Ministério da Educação, nasceu a Ser Educacional. Dez anos depois, em 2013, a empresa realizou a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de um grupo de educação na bolsa de valores.

Chaves da riqueza

Para conquistar o sucesso, o CEO conta que foi preciso ir atrás do que ele chama de “as chaves da riqueza”. Entre 12 chaves, ele cita, durante o evento, duas que considera fundamentais: empreendedorismo e investimentos. Sobre o primeiro, ele comenta sobre o empreendedorismo ser um “estilo de vida”.

“Diferentemente do que muitas pessoas pensam, que empreender é só criar empresa, não é. Não é só criar um CNPJ. O empreendedorismo tem uma conotação social, cujo o preceito, o conteúdo ético é criar coisas que gerem valor, inicialmente para você, mas também para a sociedade onde você está inserido”, afirmou.

Ainda segundo ele, a segunda chave para alcançar a riqueza é a busca por investimentos. Ele explica que há três formas de fazer sua empresa crescer: a primeira é tirar dinheiro do próprio bolso. Mas, segundo ele, é arriscado. Alavancagem bancária é o outro caminho, mas também há ônus e bônus. O ônus, no caso, são as garantias, como dar um imóvel em troca do dinheiro mas, caso você não pague o empréstimo, os bens serão leiloados e o nome negativado. E a terceira forma é o investimento de risco, ou seja, venture capital.

“E para buscar isso, primeiro você tem que fazer o valuation da sua empresa, quanto ela vale. É de extrema importância que quem tem startup busque isso. As empresas que fazem o valuation levam em consideração vários elementos, como Ebtida, lucro líquido, geração de caixa”, disse.

Dentro do investimento de risco, há o 3 FFF’s (Family, Friends e Fools), investidor anjo e fundos de investimento que te levam para o private equity. Para ele, no investimento 3 FFF’s é necessário confiança, no investidor anjo faz o negócio crescer, mas investe pouco, por ser arriscado. Já o private equity é um caminho possível, feito por empresas como a dele próprio e o Nubank (NUBR33).

“Quando eu criei o Ser Educacional, com 5 anos valia R$ 5 milhões. Eu trouxe um fundo de private equity e investiu R$ 50 milhões. Dez anos depois, a empresa foi para a bolsa de valores”, comentou Diniz.