JBS (JBSS3) deve apresentar o melhor desempenho no setor de bebidas e alimentos no 1T22, segundo Itaú BBA

Prévia de resultados pelo Itaú BBA contempla perspectivas para Minerva (BEEF3), BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3), M. Dias Branco (MDIA3) e Camil (CAML3)

A JBS (JBSS3) e a Minerva (BEEF3) devem apresentar o melhor desempenho no setor de bebidas e alimentos no primeiro trimestre de 2022, de acordo com relatório do Itaú BBA. O documento, divulgado nesta quarta-feira (27), contempla também as perspectivas dos resultados de outras empresas do setor, como BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3), M. Dias Branco (MDIA3) e Camil (CAML3).

O destaque da JBS (JBSS3) e da Minerva (BEEF3) decorrem principalmente dos lucros obtidos com exportação de carne bovina para os mercados dos EUA, conforme analistas do Itaú BBA.

A JBS (JBSS3) deve registrar um crescimento de 38% no primeiro trimestre de 2022. Apesar da sensibilidade do consumidor com a alta dos preços de bens alimentícios, a companhia deve registrar um Ebtida (lucros antes de juros,  impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) de R$ 665 milhões. Isso representa uma alta de 5% no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o crescimento de 2% registrado no mesmo período do ano anterior. 

De acordo com as projeções do Itaú BBA, a Minerva (BEEF3) deve registrar um Ebtida de R$ 629 milhões no primeiro trimestre de 2022, o que representa um crescimento de 9%. A companhia também vai se beneficiar das exportações, que devem compensar os danos causados com a inflação.

A BRF (BRFS3), no entanto, não será poupada dos impactos da inflação no mercado global. A expectativa para a companhia é de uma retração de 37% do Ebtida no balanço dos três primeiros meses deste ano, com uma receita de R$ 776 milhões. A queda no lucro ocorre no contexto do aumento de custos.

As projeções da Marfrig (MRFG3), por sua vez, são de crescimento de 52% no primeiro trimestre de 2022 em comparação com o mesmo período do ano anterior, com um Ebtida de R$ 2,6 bilhões. Apesar da alta, analistas do Itaú BBA preveem que as margens vão cair no decorrer do ano, puxadas principalmente pelo mercado doméstico. 

Já para a M. Dias Branco (MDIA3), analistas esperam um Ebtida de R$ 128 milhões, em comparação com R$ 47 milhões registados no primeiro trimestre de 2021. A expectativa é que os preços do trigo continuem pressionando as margens no decorrer de 2022, o que influenciará no desempenho da empresa no segundo trimestre. Sendo assim, estima-se uma compressão no Ebtida de 6,6% para o próximo período.

Conforme o relatório do Itaú BBA, a Camil (CAML3) deve ser a maior impactada pela cadeia de suprimentos do mercado global. As projeções preveem um Ebtida de R$ 150 milhões no primeiro trimestre de 2022, em comparação com o lucro de R$ 146 milhões do quarto trimestre de 2020, uma margem de 7%. 

A JBS (JBSS3) registrou lucro líquido de R$ 6,4 bilhões no quarto trimestre de 2021, 61% a mais do que os R$ 4,01 bilhões ante mesmo período de 2020. No ano passado, o frigorífico lucrou de forma líquida R$ 20,48 bilhões, alta de 54,5% na base anual e o maior para o período de um ano em sua história.
 

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