Metano em biogás

JBS (JBSS3) investe R$ 17 mi em geração de energia a biogás

A JBS afirmou ter gerado 2 mil MWh e poderia abastecer cerca de 18 mil residências por um mês

JBS
Foto: JBS/Divulgação

A JBS (JBSS3) anunciou, em nota, que a partir do metano capturado em suas operações industriais com investimento de R$ 17 milhões, já gerou cerca de 2 mil MWh de energia elétrica.

Com esse volume, cerca de 18 mil residências poderiam ser abastecidas por um mês, segundo a companhia.

A JBS converte o metano em biogás e o utiliza para alimentar geradores em unidades da Friboi, promovendo eficiência energética e reduzindo os custos operacionais. 

A produção de cerca de 50 milhões de metros cúbicos de biogás desde 2023, já evitou a emissão de 263,7 mil toneladas de CO2 equivalente.

A JBS prevê que até o final do primeiro semestre de 2025, cerca de 18 geradores estejam operando em quatro unidades. A iniciativa integra um investimento iniciado em 2021, quando foram implementados pela biodigestores em nove fábricas para capturar o metano produzido nos frigoríficos.

No total, o investimento na infraestrutura de biodigestores alcança R$ 77 milhões, dos quais R$ 55 milhões da própria JBS, enquanto outros R$ 4 milhões vem da Âmbar Energia, da J&F Investimentos, e mais R$ 18,4 milhões são recursos de outros parceiros. 

Os recursos são destinados principalmente aos geradores, que têm tecnologias de monitoramento em tempo real.

JBS (JBSS3) tem assembleia marcada para decidir sobre dupla listagem 

O processo de dupla listagem da JBS (JBSS3) na Bolsa de Nova York (NYSE) que se somaria à presença já existente na BR, a bolsa brasileira, teve Assembleia Geral Extraordinária para 23 de Maio. O pedido foi aprovado pela SEC (Securities and Exchange Commision) nos EUA e se encaminha para suas decisões finais. 

A operação também depende da aprovação  da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Caso a proposta seja aprovada, haverá negociação de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de nível dois. A J&F Investimentos, holding da família Batista e a BNDESPar, os dois principais acionistas em volume de papeis, vão se abster de votar na assembleia. Eles detêm cerca de 48% e 21% do capital, respectivamente. 

Com isso, a decisão de aprovar ou não a dupla listagem a cargo de investidores que são detentores de pouco mais de 30% do free float da companhia. Caso aprovada, estima-se que a oferta de ações no mercado americano será a partir de junho. 

“Acreditamos que essa operação de listagem na NYSE vai aumentar a nossa visibilidade no cenário internacional, atrair novos investidores e fortalecer ainda mais nossa posição como líder global de alimentos”, disse Gilberto Tomazoni, CEO (presidente-executivo) Global da JBS, em comunicado. 

Executivos da  empresa têm apontado para múltiplos mais altos de empresas que são pares na indústria de processamento de carnes e têm listagem na  bolsa norte-americana.