Expansão de negócios

JHSF (JHSF3) e BTG Pactual levarão hotel Fasano a Portugal

O empreendimento foi adquirido pelo BTG em abril deste ano por € 160 milhões e deve ficar pronto entre o fim de 2027 e o 1º semestre de 2028

Fasano
Hotel Fasano em Salvador / Foto: Divulgação

 A JHSF (JHSF3 e o BTG Pactual (BPAC11) levarão o hotel Fasano a Portugal. A empresa líder no setor imobiliário de alta renda assumirá a operação do famoso e sofisticado The Oitavos, em Cascais, e o rebatizará de Fasano Cascais.

O The Oitavos foi adquirido pelo BTG em abril deste ano por € 160 milhões entre aquisição e retrofit. Ao Neofeed, Ricardo Borgerth, sócio e head de gestão de patrimônio do BTG na Europa, explicou que a marca da JHSF vem sendo pedida pelos clientes do banco.

O hotel em Cascais vai passar por um processo de supervisão comandado pelo arquiteto português Miguel Saraiva e deverá ficar pronto entre o fim de 2027 e o primeiro semestre de 2028.

O projeto conta com 98 quartos hoteleiros, 25 apartamentos residenciais com dois quartos e outros 44 com áreas que vão de 200 metros quadrados a 400 metros quadrados. Os preços devem variar entre € 2 milhões e € 10 milhões.

Com a chegada do Fasano Cascais, a JHSF conta agora com seis operações fora do Brasil, sendo duas na Europa. São elas: Punta del Este, no Uruguai, Miami e Nova Iorque, nos EUA, Londres, na Inglaterra, e Sardenha, na Itália.

O BTG Pactual, por sua vez, investe cada vez mais pesado no segmento de hotelaria. Recentemente, o banco adquiriu 18 hoteis da Accor no Brasil por R$ 1,7 bilhão. Estabelecimentos de grande destaque como o Fairmont Rio, o Sofitel Ipanema e o Ibis fazem parte da operação.

A mais nova compra consolidou o BTG como o maior proprietário de hotéis do Brasil. São, ao todo, 54 estabelecimentos, somando cerca de 5 mil quartos.

BTG: otimismo e diversificação impulsionam investimento em hotelaria

O especialista em investimentos Guylherme Mattos explicou que, devido às variações cambiais, brasileiros que antes preferiam realizar viajens internacional têm apostado em destinos dentro do país, o que gera uma demanda adicional por infraeestrutura hoteleira.

“Esse investimento [do BGT] mostra um pouco do otimismo que se tem do setor, que já está demostrando um crescimento mesmo no curto prazo e, no longo prazo, há uma previsão de continuar crescendo. Para o investidor, isso se torna uma forte opção de diversificação no seu investimento”, destacou Mattos sobre a compra de hoteis da Accor pelo banco.

Na avaliação de Bruno Rocio, assessor de investimentos da Raro Investimentos, a operação é um movimento significativo tanto para o mercado financeiro quanto para o setor de hospitalidade no Brasil.

Segundo ele, a transação traz “insights importantes” sobre a confiança no setor e o papel dos investimentos estratégicos em um cenário econômico desafiador.

“Me parece que essa compra de uma carteira substancial de hotéis denota que o BTG acredita fielmente no potencial de recuperação e crescimento do turismo no Brasil, mesmo após os desafios enfrentados pelo setor durante a pandemia”, disse Rocio.

Rocio pontuou ainda que o investimento no setor de hotelaria pode ser enxergado como uma estratégia de diversificação de ativos. De acordo com o assessor de investimentos, ativos reais, como hotéis, oferecem proteção contra a inflação e a flutuação dos mercados financeiros, além de oportunidades de valorização do patrimônio.


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