O JPMorgan (JPMC34) registrou um lucro líquido de US$ 12,62 bilhões no primeiro trimestre de 2023. O aumento corresponde a uma alta de 52% em comparação ao mesmo período de 2022, informou o banco nesta manhã desta sexta-feira (14) em seu balanço.
Às 10h38 (horário de Brasília), os ativos do JP Morgan subiam 6,65%, a US$ 137,57, na Bolsa de Nova York.
Segundo o portal InfoMoney, esse valor inclui US$ 868 milhões em perdas com títulos. Excluindo esse número, o valor do lucro por ação ajustado é de US$ 4,32. O número superou a média das estimativas do consenso Refinitiv, de US$ 3,41 por ação.
“A economia dos EUA continua em uma situação geralmente saudável – os consumidores ainda estão gastando e os negócios estão em boa forma”, disse o CEO Jamie Dimon em comunicado de resultados.
“No entanto, as nuvens de tempestade que monitoramos no ano passado permanecem no horizonte, e a turbulência do setor bancário aumenta esses riscos”, acrescentou Dimon, ainda citando que os bancos provavelmente controlarão os empréstimos à medida que se tornarem mais conservadores antes de uma possível desaceleração.
Resiliência do JPMorgan à crise
O JPMorgan, o maior banco dos EUA em ativos, é monitorado de perto pelos investidores em busca de pistas sobre como o setor se saiu após o colapso de dois bancos regionais no mês passado.
Contudo, mesmo diante desse cenário, as taxas de juros mais altas impulsionaram os negócios ao consumidor do JPMorgan e o maior credor dos Estados Unidos permaneceu resiliente durante a crise bancária em março.
O sólido desempenho do credor no trimestre ressalta como os grandes bancos – com negócios diversificados e trilhões de dólares em ativos – resistiram à crise em parte porque foram obrigados pelos reguladores a manter mais capital após a crise de 2008.
Receita dispara
A receita geral do banco saltou 25%, para US$ 38,3 bilhões. A receita da unidade de banco comunitário e de empréstimo ao consumidor saltou 80%, para US$ 5,2 bilhões, devido às taxas de juros mais altas.
A receita líquida de juros do JPMorgan, uma medida de quanto ele ganha com empréstimos, subiu 49%, para US$ 20,8 bilhões.
No entanto, seu negócio de banco de investimento em Wall Street permaneceu um ponto sensível. A receita da unidade caiu 24%, pressionada por um mercado morno de fusões, aquisições e vendas de ações. A receita de negociação de ações caiu 12%. A receita de negociação de renda fixa ficou estável.