
O JPMorgan Chase teve lucro líquido de US$14,64 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O resultado veio acima das expectativas de analistas do mercado que previam um valor menor diluído por ação. Os dados formam disponibilizados no balanço trimestral da empresa disponibilizado nesta sexta-feira (11).
A cifra do trimestre na JP Morgan também revela crescimento quando comparado com o mesmo período de 2024, ante ganhos de US$13,43 bilhões no ano passado. O valor diluído por ação da instituição ficou em US$5,07 e sua receita teve alta anual de 8% para o primeiro trimestre.
O resultado também surpreendeu analistas da FactSet, que cravavam alta de US$43,99 bilhões, mas com grata surpresa no resultado avaliado em US$45,31 bilhões para o início de 2025. Apesar do bom desempenho, as perdas de crédito do banco também cresceram na comparação anual: para US$ 3,31 bilhões entre janeiro e março, de US$ 1,88 bilhão um ano antes.
JPMorgan tem desempenho mais forte
O banco performou bem no período, principalmente pela área de atacado e banco de investimentos, em que a receita avançou 12%, para US$ 19,666 bilhões, puxada por operações de mercado, especialmente equity. Nos negócios do pré-mercado em Nova York, a ação do JPMorgan avançava 3,47%, às 8h (de Brasília).
A margem líquida com juros, excluindo mercados, teve queda de 2% e marcou US$22,6 bilhões. A justificativa dada pelo banco foram taxas mais baixas e margens de depósitos comprimidos, além de uma perceptível redução também no volume de operações depositárias.
JP Morgan: incerteza causada por tarifas é ruim para os EUA
Jamie Dimon, CEO (presidente executivo) do JP Morgan clamou pela resolução rápida das incertezas causadas pelas tarifas do presidente norte americano, Donald Trump. Ele alertou que os EUA correm risco de estilhaçar suas parcerias econômicas e trazer juros e inflação alta para o país, ameaçando uma recessão global.
“Quanto mais rápido essa questão for resolvida, melhor, porque alguns dos efeitos aumentaram significativamente ao longo do tempo, e seriam muito difíceis de reverter”, escreveu o dirigente em carta a acionistas. Segundo Dimon, o contexto exige extrema cautela por parte dos atores econômicos.
O executivo destacou que a economia americana apresenta sinais de solidez, como um mercado de trabalho ainda aquecido e juros relativamente baixos para o padrão de consumo da população. Contudo, reforço que muitos desses indicadores vêm na esteira de estímulos fiscais e déficits públicos do governo anterior.