Em movimento que pode acelerar a sua estratégia de crescimento geográfico, a JSL demonstrou interesse em entrar na disputa pelos Correios. Segundo o diretor-presidente da da companhia de logística do grupo Simpar, Ramon Alcaraz, a participação da empresa no leilão para aquisição da estatal dependerá das condições impostas pelo edital, que ainda não foi divulgado.
“Não há ninguém com a capilaridade que o Correios tem. Com certeza nós vamos olhar”, afirmou Alcaraz ao Scoop. “Por enquanto só se vê partes, temos que ver o bolo inteiro”, declarou ele.
A brasileira de logística encerrou o segundo trimestre com um caixa de R$ 677,1 milhões e uma relação de dívida líquida e Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) de 2,7 vezes, menor que a meta de 3,0 vezes. Contudo, as próximas aquisições da empresa devem ser feitas com os seus próprios recursos.
“Pela estrutura das aquisições, o perfil alongado de pagamento, temos espaço para crescer com balanço próprio, sem ter que ir ao mercado”, afirmou o diretor financeiro da JSL, Guilherme Sampaio.
Ao todo, foram feitas cinco aquisições desde a oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) da JSL em setembro de 2020. A partir daí a companhia começou a ganhar escala nos serviços de distribuição e armazenagem. Além disso, ela aumentou sua presença nas regiões Sul e Nordeste e em outros cinco países da América do Sul.
Entre abril e junho deste ano, a JSL lucrou R$ 93,1 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 16,3 milhões registrado um ano antes. A sua receita somou R$ 922,4 milhões, avanço de 58,6%, se comprado como o segundo trimestre de 2020, já o Ebitda chegou a R$ 211,7 milhões.