Recuperação judicial

Justiça decreta falência do Grupo Leader

Foto: Divulgação/Leader
Foto: Divulgação/Leader

A Justiça do Rio de Janeiro (RJ) decretou a falência das empresas pertencentes ao Grupo Leader, uma rede de lojas de departamento tradicional do estado. A decisão afirma que a empresa descumpriu as obrigações do plano de recuperação judicial, aprovado pela Assembleia Geral dos Credores em maio de 2021.

Naquela época, a Leader já acumulava uma dívida de R$ 1,2 bilhão. O juiz Leonardo de Castro Gomes, da 3ª Vara Empresarial da Capital, afirmou na decisão que “o compromisso assumido frente ao Judiciário não foi cumprido, demonstrando, ao contrário do que se propusera, verdadeira inviabilidade econômica da empresa”.

Além disso, o magistrado também escreveu que, ao longo do processo de recuperação judicial, foram concedidas várias oportunidades à Leader para cumprir as obrigações estabelecidas pelo plano, no entanto, as tentativas foram em vão.

Decisão Judicial e Implicações no Grupo Leader

“O que se vê nestes autos é que todo o fôlego judicialmente concedido à requerente foi em vão, não se podendo mais permitir que ela permaneça sob a chancela judicial a praticar atos econômicos desordenadamente no mercado, criando prejuízos que podem afetar a credibilidade dos sistemas judicial e econômico”, disse Leonardo Castro Gomes.

Fundado em 1951, no município de Miracema, no noroeste fluminense, o Grupo Leader tem lojas na capital e em vários estados do país. Em 2018, além das 104 lojas no Rio de Janeiro, a empresa abriu filiais em Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe.

Empresas brasileiras ampliam presença nos países do Golfo em 2024

Os países do Golfo estão sendo mais expostos às empresas brasileiras recentemente. A soma das exportações da JBS (JBSS3) à região, por exemplo, chegou a US$ 10,7 bilhões em 2024, enquanto companhias como Ambipar e JBS anunciaram novos investimentos em locais estratégicos como Dubai e Jeddah.

Dois exemplos recentes são os da Ambipar, especializada em emergências ambientais, que abriu escritórios em Abu Dhabi e Dubai, nos Emirados, e planeja criar um centro de treinamento no país; e a JBS, que acaba de inaugurar sua segunda fábrica na Arábia Saudita.

O movimento é reflexo de décadas de intensificação do comércio e das relações diplomáticas do Brasil com a região, segundo a “CNN Brasil”.

Além disso, no ano passado as exportações do país ao bloco somaram US$ 10,7 bilhões em 2024, o que representa um avanço de 14,7% sobre 2023, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Com isso, diversas empresas brasileiras mantêm presença física na região, com instalações que vão de escritórios a fábricas, passando por lojas, franquias e centros de distribuição.

Há ao menos 30 empresas brasileiras atuantes só em Dubai, entre elas algumas bem conhecidas como ValeBRFEmbraer, Weg, Tramontina, Ornare, Breton, Farm, Havaianas e outras.