Após o Grupo Kaisa anunciar nesta quinta-feira (4) que “vários fatores desfavoráveis” resultaram em uma “pressão sem precedentes” na liquidez da empresa, preocupações em relação a indústria imobiliária na China, acerca de que problemas financeiros da Evergrande se espalhem pelo mercado, voltaram a ganhar força no país.
Conforme o comunicado, a Kaisa não iria pagar parte da dívida de 12,7 bilhões de yuans (cerca de R$ 11,2 bilhões, na cotação atual) em produtos de gestão de fortunas – veja mais aqui.
A analista de crédito, Iris Chen, disse ao Estadão que os investidores estão cada vez mais incomodados com a existência de produtos de gestão de fortunas ligados a incorporadoras chinesas, por ser difícil acompanhar o desempenho desses instrumentos em balanços financeiros.
Nesta quinta-feira (5), as ações do Grupo Kaisa chegaram a cair mais de 15%, atingindo seu menor nível da história. Além disso, outras três unidades do grupo listadas em Hong Kong também foram suspensas.
A Evergrande, que está próxima da falência, havia revelado em setembro que duas não honraram compromissos como garantidores de produtos de gestão de fortunas emitidos por terceiros e necessitou contratar assessores financeiros para auxiliar a lidar com os problemas de liquidez.