Celulose em alta

Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3): bancos esperam 1TRI24 forte

Eventos na China e tensões no Mar Vermelho impulsionaram aumento de demanda pela celulose

Foto: Pexels
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O resultado trimestral da Klabin (KLBN11) está previsto para ser divulgado na quinta-feira (25), antes da abertura do mercado. Instituições como o BofA (Bank of America), Santander (SANB11) e XP Investimentos dizem esperar resultados mais fortes, visto que a celulose teve melhora no preço.

“Os preços da celulose continuaram a aumentar durante o primeiro trimestre e subiram aproximadamente US$ 38 por tonelada”, afirmou a equipe do BofA sobre a commodity que move as atividades da Klabin.

“Esperamos que as empresas de celulose e papel relatem resultados mais fortes de um trimestre para o outro, principalmente devido a preços realizados mais altos, mesmo considerando um atraso em relação ao índice FOEX”, ressaltou o Santander.

A China foi o mercado que mais impulsionou a commodity, visto que sustentou um pequeno rali por conta da reposição de estoques do país. O quadro se deu em preparação para o Ano-Novo chinês, evento que ocorreu na segunda semana de fevereiro. 

Esperava-se que os preços diminuíssem após o evento, no entanto a celulose seguiu forte durante o primeiro trimestre, de acordo com o “InfoMoney”. 

Bancos veem Suzano (SUZB3) melhor que Klabin (KLBN11)

A demanda seguiu firme da China e na Europa, com os preços influenciados também pela necessidade de mudança na dinâmica de vendas mundial, pelas questões no Mar Vermelho. 

“Vemos um trimestre relativo melhor para as empresas expostas à celulose, com o atual ambiente de preços definindo um tom positivo. Dito isso, vemos a Suzano como destaque do setor, com a empresa também sendo beneficiada pela continuidade de um melhor desempenho de custos”, avaliaram os analistas da XP.

Espera-se que a Suzano seja beneficiada nos custos pelo impacto menor das paradas de manutenção, porém os analistas também veem compensação dos saldos positivos na base sequencial com um volume menor de vendas. 

“Para celulose, prevemos Ebitda [Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês] de R$ 4,1 bilhões (alta de 8% no trimestre), com margens de 52,4% (ante 48,3% no quarto trimestre de 2023”, disse a Casa.

“Para papel, esperamos Ebitda de R$ 600 milhões, queda de 17%, impactada principalmente por menores volumes”, completou.

As instituições se dividem no caso da Klabin, com XP projetando alta de 4% no lucro operacional (R$ 1,7 bilhão), enquanto o BofA espera queda dos mesmo 4% (R$ 1,6 bilhão).