A série da Netflix “La Casa de Papel” conquistou o público mundialmente com a história de ladrões que realizam um grande roubo na Casa da Moeda da Espanha. Longe do mundo ficcional, aqui no Brasil, um furto milionário ocorrido no Banco Central, em Fortaleza (CE), completou 16 anos no dia 5 de agosto. Segundo estimativas, foram roubados cerca de R$ 164 milhões.
Está pensando que só o “Professor” da trama da Netflix que possui planos mirabolantes para realização de um assalto? Pois é, você está bem enganado. Para realizar a ação criminosa, a quadrilha alugou uma casa para abrir uma empresa de fachada, que comercializava grama sintética, uma forma de disfarçar a escavação de um túnel que levava até o banco. O plano ainda envolveu a invasão do cofre, além da fuga. O furto só foi percebido pelos funcionários da instituição na manhã da segunda-feira, após terem se passado 48 horas do ocorrido.
O crime foi destaque nos noticiários do país e a Polícia Federal realizou uma grande operação, chamada de “Operação Toupeira”, para rastrear os assaltantes e o dinheiro roubado. A investigação terminou com cerca de 122 presos, podendo ter ocorrido mais algumas prisões fora essas citadas, além de pessoas foragidas, e aproximadamente R$ 60 milhões resgatados.
Segundo declarações dadas pelo delegado da Polícia Federal, Antônio Celso, responsável pelo caso, alguns erros foram cometidos pelos criminosos, o que ajudou na investigação dos oficiais. Entre os erros, Celso citou a falsificação de documentos com fotos verdadeiras.
Para quem gosta das obras do cinema nacional, em julho de 2011 foi lançado o filme “Assalto ao Banco Central”, que foi baseado no ocorrido de 2005. Conforme informado pela Folha de São Paulo, em fevereiro deste ano, a Netflix também trabalhará em uma nova produção do gênero policial voltada para o crime ocorrido no Banco Central de Fortaleza, prometendo que o enredo será mais fiel aos fatos.