A agência de classificação de risco Moody’s elevou, nesta quinta-feira (26) o rating da Latam de ‘Ba3’ para ‘Ba2’, com perspectiva estável.
A avaliação segue o anúncio de novo emissão de títulos que deve reduzir o custo médio da dívida da Latam, segundo a agência de classificação de risco.
Ao analisar essa nova emissão a Moody’s também atribuiu o rating “Ba2′. A proposta da companhia aérea pe utilizar o movimento para pagar antecipadamente o empréstimo que tomou com bancos norte-americanos.
No entanto, a classificação da nota pressume que os documentos finais da transação não serão materialmente diferentes do rascunho da documentação legal, disse a Moody’s, segundo o “Broadcast”.
O aumento do rating também é um reflexo do “histórico contínuo de forte desempenho operacional e financeiro” da Latam durante 2023 e 2024, de acordo com a Moody’s. Além disso, há a expectativa de um tráfego aéreo forte no atual trimestre.
A agência espera perceber um fortalecimento maior do balanço e liquidez da Latam para realizar uma nova elevação. No contrário, caso as métricas de crédito sofram deterioração, com a alavancagem ajustada permanecendo acima de 4x, a classificação pode ser rebaixada.
A alavancagem ajustada pela Moody’s da Latam melhorou para de 2,8x no fim de 2023 para 2,5x no fim de junho deste ano.
S&P eleva nota de crédito da Latam de ‘B+’ para ‘BB-’
A S&P Global Ratings aumentou a nota de crédito da Latam de “B+” para “BB-” e manteve a perspectiva positiva, em razão do sólido desempenho operacional que fortaleceu as métricas financeiras da companhia.
De acordo com os analistas Amalia Bulacios e Luciano Gremone, a sólida demanda por transporte aéreo na América do Sul, combinada com a estrutura de custos eficiente da Latam, deverá impulsionar a rentabilidade da companhia nos próximos anos.
Os analistas projetam que a companhia aérea chilena atinja um EBITDA de US$ 2,9 bilhões este ano e US$ 3,1 bilhões em 2025, em comparação com US$ 2,4 bilhões no ano anterior. A previsão é de que a geração de caixa varie entre US$ 600 milhões e US$ 700 milhões.
A visão otimista baseia-se na expectativa da agência de classificação de risco de que a Latam conseguirá manter uma rentabilidade relativamente estável, com margens superiores a 20% e uma geração de caixa em relação à dívida significativamente acima de 30%.