Leonardo Jardim, ex-técnico do cruzeiro
Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Leonardo Jardim confirmou nesta segunda-feira (15) que não seguirá como técnico do Cruzeiro em 2026.

Além das razões pessoais ligadas à saúde, a saída do treinador português reacendeu a discussão sobre os bastidores financeiros do clube, especialmente pelo valor envolvido em seu contrato: cerca de R$ 1,5 milhão por mês.

O anúncio foi feito em entrevista coletiva na Toca da Raposa, precedida por um discurso do presidente Pedrinho BH, que destacou a relação construída ao longo da temporada. “Ele nunca me pediu nada que a gente não pudesse fazer. Sempre ajudou o clube além da função dele”, afirmou.

Salário de Leonardo Jardim no Cruzeiro entra em foco

Leonardo Jardim chegou ao Cruzeiro em fevereiro e tinha contrato até dezembro de 2026. O salário mensal de R$ 1,5 milhão o colocava abaixo do patamar dos técnicos mais bem pagos do futebol brasileiro, mesmo comandando um elenco competitivo e levando o time ao 3º lugar do Brasileirão.

Para efeito de comparação, Abel Ferreira, no Palmeiras, recebe cerca de R$ 3 milhões por mês, sem considerar os valores pagos às comissões técnicas.

Saída de Leonardo Jardim ocorre por motivos pessoais

Ao explicar a decisão, o treinador afirmou que o desgaste acumulado ao longo do ano pesou mais do que qualquer aspecto esportivo ou financeiro.

Quando eu entro em um projeto, é para dar o meu melhor. Mas alguns sinais alertaram que eu precisava preservar minha saúde física e mental”, disse.

Dessa forma, Jardim relembrou o início do ano, marcado por dificuldades familiares. “Passei 45 dias entre viagens e hospital com minha esposa. Dois dias depois de ela sair do hospital, eu vim para o Cruzeiro”, afirmou.

Cruzeiro avalia próximos passos e custo do novo técnico

Com a saída de Jardim, o clube passa a discutir não apenas o perfil técnico do substituto, mas também o impacto financeiro da próxima escolha. Um dos nomes especulados é Tite, que teve custo mais elevado em seu último trabalho.

No Flamengo, a comissão técnica liderada por Tite recebia cerca de 4,5 milhões de euros por ano, o equivalente a aproximadamente R$ 24,4 milhões, ou R$ 1,8 milhão mensais, considerando o pagamento do 13º salário.

Além disso, a eventual contratação representaria um aumento relevante na folha salarial do futebol.

Balanço esportivo com custo controlado

Leonardo Jardim deixa o Cruzeiro com 26 vitórias, 18 empates e 11 derrotas, além de uma campanha que garantiu vaga direta na CONMEBOL Libertadores e presença na semifinal da Copa do Brasil.

Em suma, ao fazer um balanço do trabalho, o treinador destacou a evolução interna do clube. “O grande ganho foi a valorização dos ativos, dos jogadores e da estrutura. Hoje o clube sabe o que precisa fazer”, afirmou.