Billabong e Volcom

Liberated Brands, operadora da Quiksilver, pede falência nos EUA

A companhia afirma ter entre US$ 100 milhões e US$ 500 milhões em ativos e passivos

Liberated Brands
Foto: Quiksilver / Divulgação

A Liberated Brands, que opera as marcas Quiksilver, Billabong e Volcom, pediu proteção contra falência no Tribunal de Delaware, nos EUA. A empresa pretende fechar suas lojas no país e liquidar seus negócios na América do Norte, segundo informações da “Exame”. O pedido foi feito sob o Capítulo 11, para reorganização de empresas com dívidas.

A companhia, que afirma ter entre US$ 100 milhões e US$ 500 milhões em ativos e passivos, pegou US$ 35 milhões enfrestados para o processo de liquidação. Em documentos judiciais, o CEO da Liberated Brands, Todd Hymel, afirmou que a alta na taxa de juros e mudanças comportamentais dos consumidores prejudicaram a empresa.

Entre essas mudanças está o crescimento da fast fashion, com concorrentes conseguindo vender roupas a preços menores e com reposição de estoque rápida.

“Os consumidores podem, de forma barata, rápida e fácil, encomendar peças de vestuário de baixa qualidade das gigantes da fast fashion e receber esses produtos em poucos dias”, disse Hymel, nos documentos judiciais.

Rescisão de direitos causou uma crise na Liberated Brands

A Liberated Brands também passa por uma crise após a Authentic Brands Group, licenciadora com a qual mantinha um acordo para operar suas marcas, rescindir os direitos da Liberated na América do Norte para Volcom, RVCA e Billabong, devido ao não pagamento de royalties. As licenças foram transferidas para outras companhias.

A Liberated havia passado por um crescimento de receita de US$ 350 milhões em 2021 para US$ 422 milhões em 2022, motivado pela alta na demanda durante a pandemia, além da expansão de licenças. Porém, a companhia não conseguiu dar continuidade à alta e passou por desafios de demanda e custos operacionais.

Dessa forma, a empresa tem planos de vender os negócios internacionais e encerrar suas atividades nos EUA. Segundo a Authentic Brands, as marcas vão continuar ativas por meio de novos parceiros, informou a “Exame”.

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