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Light (LIGT3) protocola aditamento ao plano de recuperação judicial

A Light (LIGT3) havia proposto a conversão se baseado no preço médio de 45 dias de negociação, mas os credores solicitam 360 dias.

A Light (LIGT3) protocolou, na noite de sexta-feira (23), um aditamento em seu plano de recuperação judicial apresentado em julho de 2023. Os ajustes estão em linha com o que foi acordado com credores ao longo dos últimos quatro meses, que ficaram públicos no “blow-out” (fim do acordo de confidencialidade com exposição das discussões). As informações são do “Valor Econômico”.

A principal alteração foi que a empresa cedeu um pouco no referencial de preço para a capitalização. A Light havia proposto a conversão se baseado no preço médio de 45 dias de negociação, mas os credores solicitam 360 dias, com desconto de 15%. O documento aponta que a agora, a companhia colocou a média de 60 dias.

As taxas oferecidas em novas dívidas estão em linha com a proposta anterior da organização.

O credor que apoia o plano, aceita converter 40% dos créditos em ações, via debêntures conversíveis, recebe renumeração de IPCA 4% ao ano, por oito anos. Essa opção é limitada a R$ 2,2 bilhões.

Light (LIGT3) divulga termos de negociações com credores na RJ

A Light (LIGT3) anunciou os detalhes das negociações em andamento com seus principais credores, visando a formulação de uma nova proposta no contexto de seu processo de recuperação judicial. A empresa destacou uma significativa melhoria em relação à proposta original e assegurou que não está previsto qualquer desconto na dívida total, que atualmente totaliza R$ 11 bilhões.

De acordo com a Light, sua mais recente proposta apresentada aos credores “bondholders” em meados de janeiro inclui a conversão de 40% dos débitos de cada credor em ações. Aqueles que aceitarem essa proposta terão o restante de seus débitos quitados ao longo de oito anos, com uma taxa de remuneração baseada na variação do IPCA mais 5%. Para os credores que optarem por não aderir, o pagamento seria estendido ao longo de 12 anos, com uma remuneração baseada na variação do IPCA mais 3%.

A companhia também propôs uma capitalização no valor de 1,5 bilhão de reais, sendo que 1,0 bilhão de reais será garantido pelos acionistas principais, com base no preço médio ponderado das ações nos últimos 45 dias. Além disso, está planejado um bônus de subscrição, conhecido como “warrant”, que concederá duas ações adicionais para cada nova ação subscrita.