Light (LIGT3): Nelson Tanure vai propor injeção de US$ 500 milhões

Plano de Tanure é capitalizar a Light e montar plano de crescimento e reestruturação para os próximos cinco anos

A WNT Gestora de Recursos, ligada ao empresário Nelson Tanure, passou a deter uma participação de 21,80% do capital social na concessionária de energia Light (LIGT3). O anúncio foi realizado na noite de quarta-feira (17). 

Fontes ouvidas pelo jornal “O Globo”, informam que Tanure, conhecido por investir em empresas com dificuldade econômica como a Oi (OIBR3), vai propor na próxima semana um aumento de capital na companhia de US$ 500 milhões.

De acordo com as fontes, o plano de Tanure é capitalizar a empresa e montar um plano de crescimento e reestruturação para os próximos cinco anos do grupo, que entrou em recuperação judicial com dívidas de R$ 11 bilhões.

A ideia é que o plano a ser proposto por Tanure possa ser aprovado pelos credores. Para isso, o empresário e seus representantes estão reforçando a aproximação com os próprios credores e os acionistas minoritários. Tanure quer “liderar as negociações na companhia”, destacou uma outra fonte.

Tanure vira sócio majoritário da elétrica

O empresário Nelson Tanure foi anunciado na quarta como o acionista majoritário da Light. A movimentação da gestora é feita em meio ao processo de recuperação judicial da companhia elétrica. No comunicado enviado na véspera, a empresa afirmou que, segundo a WNT, a participação foi adquirida com o objetivo de aumentar a exposição dos fundos de investimento sob sua gestão.

A Light acrescentou que não há, contudo, “qualquer acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão da companhia por parte dos fundos, exceto no que diz respeito ao manual de exercício de direito de voto da WNT”.

O presidente da elétrica, Octavio Lopes, afirmou, em teleconferência, na segunda-feira (15), que não havia “conexão” entre as recentes estratégias adotadas pela companhia em sua reestruturação de capital e eventuais interesses de seus acionistas, como a WNT e Tanure.