Lockdown na China: Eletros diz que flexibilização vem em boa hora

A reposição dos insumos coincide com período de aumento da demanda

A flexibilização do lockdown na China é vista com bons olhos pela Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletrônicos e Eletrodomésticos). Em entrevista ao “Valor Econômico”, o presidente executivo da associação, Jorge Nascimento, disse que o anúncio vindo do governo chinês veio em boa hora. 

De acordo com Nascimento, a decisão traz mais segurança às operações das indústrias do setor em relação à cadeia de suprimentos. Como a maior parte dos insumos são importados da China, a produção está sendo afetada pela interrupção das cadeias produtivas no país, como parte da política de “covid zero”. 

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Nascimento afirmou que o setor tem sofrido quedas sucessivas nas vendas. Mesmo assim, ressaltou que os fabricantes já estavam sentindo os impactos dessas medidas de forma mais amena, tendo em vista que o número de vendas caiu nos últimos meses.

O presidente da Eletros está confiante de que haverá melhora nas vendas de linha branca, que inclui artigos como geladeira e fogão, e marrom, como televisores e aparelhos de som. A melhora nas vendas no segundo semestre do ano coincide com o aumento da demanda por estes produtos. 

Governo chinês anuncia flexibilização das restrições 

A China anunciou a flexibilização das restrições que visam controlar os surtos de covid-19 no país. No domingo, a cidade de Xangai informou que irá permitir a retomada gradual de refeições na parte interna dos restaurantes e em áreas de baixo risco e sem nenhuma disseminação em nível comunitário da doença a partir desta quarta-feira (29).

A cidade de Xangai se encontra em lockdown desde abril, e deixou de registrar casos localmente transmitidos de covid-19 nos dias 24 e 25 de junho, que precederam o anúncio.  

Além disso, o governo chinês reduziu o tempo de quarentena para viajantes que chegam ao país, de 21 para 14 dias. Esta é a maior flexibilização até agora após a adoção da política de “covid zero”, que prevê lockdowns na China e rodadas de testes em massa.

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