A Loggi, de entrega de encomendas, entrou na lista das startups que vêm cortando seus quadros de funcionários em meio a um cenário desafiador para o setor. Nesta segunda-feira (8), a empresa demitiu 15% do seu quadro de funcionários, segundo o “O Estado de S.Paulo”.
O quadro da Loggi é composto por cerca de 3,6 mil trabalhadores. Em nota, a startup diz que a medida “faz parte de um conjunto de ações de aumento de eficiência operacional tomadas nos últimos seis meses para adaptar a companhia ao novo cenário global e garantir a sustentabilidade do negócio”.
Ainda de acordo com a companhia, os demitidos receberam um pacote de benefícios “que contempla ajuda de custo para contratação de plano de saúde para titular e dependentes, assistência psicológica e suporte no processo de recolocação profissional”.
Loggi e mais startups passam por cenário difícil
Em abril, uma onda de demissões ocorreu nas startups. As dispensas vieram após um boom de crescimento nos últimos anos, em especial durante o auge da pandemia, que levou investidores a liberarem valores altos para as empresas. A própria Loggi, em 2021, chegou a anunciar uma captação de R$ 1,15 bilhão.
Nomes como QuintoAndar, Loft e Facily demitiram ao menos 580 profissionais desde a semana passada.
As startups promoveram desligamentos em massa para se ajustar à mudança de humor do mercado das empresas de tecnologia, que vive sob o fantasma dos juros altos – a perspectiva no mercado é que a Selic bata os 13% ao ano até o fim de 2022.
Em maio foi a vez do TGroup, holding de startups de soluções para e-commerce, desligou 80 pessoas, cerca de 40% do seu quadro de funcionários.
Ao BP Money, o TGroup afirmou, por meio de posicionamento, que a companhia “passa por reestruturação, motivado pelo entendimento de que sua projeção de crescimento/expansão não estava alinhada ao momento macroeconômico global”.
A Loggi se junta a uma lista composta por nomes como Empiricus, Grupo 2TM, Favo, VTEX, Olist, Pay Pal, QuintoAndar, Loft, Facily e Kavak.