Vivo (VIVT3)
Vivo (VIVT3) / Divulgação

A Telefônica Brasil (VIVT3) terminou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido de R$ 1,9 bilhão, uma alta de 13,3% em comparação com o mesmo período no ano passado. Dados foram divulgados na noite desta quinta-feira (30), após o fechamento.

Os papéis da companhia terminaram o pregão dia com queda de 0,55%, a R$ 34,08.

A receita total da operadora totalizou R$ 14,9 bilhões, um aumento de 6,5% na mesma base comparativa. Já o Ebitda (Lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) totalizou o montante de R$ 6,5 bilhões, aumento de 9%. A margem Ebitda alcançou 43,4%, acréscimo de um p.p. (ponto percentual) em um ano.

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o diretor presidente da Telefônica Brasil, Christian Gebara, justificou que: “A receita [acima da inflação medida pelo IPCA] vem por essa combinação: resultado sólido na móvel, com volume muito alto, retenção de clientes, incremento de Arpu [receita média por usuário] no serviço móvel e aceleração bem forte da fixa, principalmente da [banda larga via] fibra”.

A receita com serviços fixos totalizou R$ 4,4 bilhões, o que representa um avanço de 9,6%, o maior crescimento da história da companhia. Levando em consideração o faturamento do negócio de fribra óptica, a receita no período foi de R$ 2 bilhões, alta de 10,6%.

Sobre o a taxa de cancelamento do serviço (churn) da banda larga via fibra foi uma das menores nos últimos trimestres, de 1,45% por mês.

Já a receita total de serviço móvel avançou 5,5% no período entre julho e setembro, chegando a R$ 9,7 bilhões. Resultado foi impulsionado pelo pós-pago, cujo faturamento evoluiu 8%, para R$ 8,4 bilhões. Essa expansão reflete o aumento de 7,3% na base de clientes pós-pagos, que terminou setembro com 69,8 milhões de acessos, como parte de um processo de migração do pré-pago e de aquisição de novos clientes.

O Arpu (receita média por usuário) encerrou o período em R$ 31,5, aumento de 3,9%.

A Vivo contava, ao todo, com 116,6 milhões de acessos, entre terminais fixos e móveis, incremento de 1,2% em um ano. Desse total, 102,9 milhões eram de acessos de telegonia móvel, crescimento de 1,4%.

Aumento nos custos totais

Os custos totais, excluindo depreciação e amortização, evoluíram 4,6% no terceiro trimestre de 2025, alcançando o patamar de R$ 8,5 bilhões. Resultado se deve ao aumento da atividade comercial no período. Alta foi parcialmente compensada por eficiências operacionais e maior adoção de canais digitais.

Dentro da linha de custos totais, os custos de operação – que incluem os comerciais, de pessoal e infraestrutura – subiram 2,6% em relação ao terceiro trimestre de 2024. O custo dos produtos vendidos subiu 9,2%no período.

No período, os investimentos da operadora subiram 4,3%, somando R$ 2,6 bilhões, direcionados, em parte, ao reforço da rede móvel, com ênfase na cobertura 5G.

Segundo a companhia, os recursos também foram aplicados para a ampliação da fibra óptica. O serviço da Telefônica alcançava ao fim de setembro 30,5 milhões de domicílios cobertos, um acréscimo de 7,6%.

Venda de cobre e imóveis no 3T25

A dona da Vivo obteve R$ 232,4 milhões com a venda de cabos de cobre e imóveis que faziam parte da sua concessão de serviços de telefonia fixa, informou Gebara ao Valor.

Desse total, R$ 198,7 milhões são provenientes da alienação de ativos imobiliários e R$ 33,7 milhões, de cobre. A empresa assinou, em abril, um contrato encerrando a concessão do serviço de telefonia fixa. Contabilmente, a receita do cobre é registrada como “redutor de opex” (despesas operacionais).

No mês de maio, na divulgação de resultados do primeiro trimestres, a Telefônica Brasil anunciou que a migração do regime de concessão para o de autorização da telegonia fixa tem potencial para gerar cerca de R$ 4,5 bilhões em ganhos para a operadora até 2028. O montante inclui vendas estimadas de R$ 3 bilhões em cobre e R$ 1,5 bilhão de imóveis.