A Vale (VALE3) fechou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de US$ 4,45 bilhões, cerca de 19% abaixo na base anual. Já o Ebitda, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, atingiu US$ 6,38 bilhões entre janeiro e março deste ano. O resultado veio em linha com a estimativa de mercado, mas apresentou uma queda de cerca de US$ 980 milhões na cotação do dólar hoje (R$ 4,9 bilhões, no relatório da empresa) ante o último período do ano passado.
O menor volume de vendas de minério de ferro e pelotas na comparação com o período imediatamente anterior se deveu principalmente às intensas chuvas do primeiro período e a um desempenho mais fraco do Sistema Norte, que afetaram as operações. Na receita, os maiores preços realizados para minério de ferro e pelotas impactaram o resultado, seguindo o aumento de US$ 32 por tonelada no preço de referência 62% Fe e ao maior prêmio de qualidade, compensando parcialmente os volumes mais fracos de minério de ferro, conforme relatório da empresa.
A receita líquida de US$ 11,260 bilhões ficou 6,23% abaixo da estimativa de US$ 12 bilhões estimados por analistas. os por analistas. No relatório de demonstrações financeiras divulgado nesta quarta-feira (27), o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, reconheceu os desafios da operação, mas defendeu que a mineradora estaria “no caminho certo para cumprir nossos compromissos para 2022”. No relatório de demonstrações financeiras divulgado nesta quarta-feira (27), o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, reconheceu os desafios da operação, mas defendeu que a mineradora estaria “no caminho certo para cumprir nossos compromissos para 2022”.
O executivo explicou que, mesmo com as fortes chuvas em Minas Gerais, atrasos de licenciamento no Norte e desempenho abaixo do esperado em alguns ativos, a companhia trabalhou para ganhar eficiência. “Aproveitamos os volumes sazonalmente menores para realizar atividades de manutenção que nos levarão a operações mais seguras e produção sólida à frente”, afirmou no documento.
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Bartolomeu mencionou ainda o terceiro programa de recompras de ações da Vale, anunciado após o fechamento do pregão desta quarta-feira. O novo programa de recompra de até 500 milhões de ações ordinárias e seus respectivos ADRs, que representam cerca de 10% do capital da companhia, será implementado ao longo dos próximos 18 meses.
A dívida líquida da Vale ficou em US$ 4,9 bilhões ao final do primeiro trimestre de 2022, aumento de 160% (US$ 3 bilhões) em relação ao quarto trimestre do ano passado. A companhia relaciona a alta do endividamento à saída de caixa de US$ 4,7 bilhões em distribuição de dividendos e ao programa de recompra de ações em vigência.
Já a dívida líquida expandida aumentou US$ 4,3 bilhões em relação ao último trimestre, para US$ 19,4 bilhões, devido à maior dívida líquida e ao efeito de US$ 2,2 bilhões em valorização do real no período e alta dos juros, que afetaram os compromissos em moeda local. A Vale afirmou no documento que a alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, ficou em 0,17x no primeiro trimestre de 2022, ante 0,06x no quarto trimestre de 2021.
