Informação privilegiada

Luiz Barsi é absolvido com unanimidade pela CVM por caso da Unipar

A CVM investigava o caso ocorrido em maio de 2021. quando o investidor teria adquirido 13,9 mil ações ordinárias da Unipar, no valor total de R$ 1,1 milhão

Foto: Luiz Barsi / Reprodução
Foto: Luiz Barsi / Reprodução

O megainvestidor Luiz Barsi Filho, recebeu absolvição unânime por parte dos membros da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), no julgamento que investigava suposto insider trading (informação privilegiada) relacionado à Unipar (UNIP6). O processo ocorreu nesta terça-feira (26).

Luiz Barsi era membro do Conselho Administrativo da Unipar, em 27 de maio de 2021, quando oscilações consideradas atípicas pela B3, Bolsa de Valores brasileira, ocorreram. Na época, houve, ao final da sessão do Ibovespa, a divulgação de pagamento de dividendos, com valores e datas de distribuição e ex-dividendos. 

Na sessão seguinte, Barsi teria, segundo o InfoMoney, adquirido 13,9 mil ações ordinárias da Unipar, o valor total da operação foi de R$ 1,1 milhão. 

A empresa apresentou ao mercado, em 2 de junho de 2021, um fato relevante, quanto à eventual aquisição da Compass Minerals, porém o negócio não foi concluído. A divulgação veio após a movimentação atípica observada pela B3, mencionada anteriormente.

O que alega a defesa de Luiz Barsi?

A defesa do empresário, no decorrer do processo administrativo, alegou que a operação em questão visava o recebimento de proventos, em linha com a estratégia do investidor. Além disso, o possível negócio com a Compass, não era de conhecimento do conselho.

“Luiz Barsi comprou pouco mais de 13 mil ações com o objetivo de auferir dividendos no prazo da B3. E, nessa mesma linha, o volume negociado dos papéis foi significativamente maior que dias anteriores. A B3 questionou a companhia, que disse desconhecer qualquer fato ou informação que não havia comunicado ao mercado”, afirmou a defesa.

“No dia 2, após notícia do jornal Valor, a companhia soltou fato relevante sobre a eventual verificação de negócio com a Compass, conteúdo esse que não foi alvo de discussão no conselho até aquele momento”, disse a equipe de Luiz Barsi.

Daniel Maeda, diretor da CVM, expressou que “a análise da conduta é complexa”, contudo, não enxergou existência de informação relevante que não foi divulgada ao público. 

Sendo assim, o executivo votou pela absolvição do megainvestidor, seguido pelos quatro demais diretores da Casa. 

A fortuna de Luiz Barsi é estimada em cerca de R$ 2 bilhões, somente em papéis de empresas. Por isso, ele é considerado um dos maiores agentes pessoa física do mercado