Liderança feminina

Luiza Trajano sobre liderança: “Sou uma brasileira política”

Em palestra organizada pelo Banco Master, Luiza Trajano comenta perspectivas sobre a participação das mulheres no mundo ocrporativo

Foto: Banco Master
Foto: Banco Master

“Trabalhamos despretencionsamente. Dizem que eu sou candidata a deputada, presidente, é tudo fake news. Eu sou uma brasileira política” disse Luiza Helena Trajano, nesta segunda-feira (4), em evento sobre liderança e empreendedorismo feminino. 

A palestra foi uma realização do Banco Master, que convidou a Presidente do Conselho do Magazine Luiza (MGLU3) e do Grupo Mulheres do Brasil à mesa. Trajano iniciou sua participação comentando sobre o crescimento da varejista e sua iniciativa de modificar a governança da empresa e propor políticas de incentivo à entrada das mulheres no mercado. 

“Antes era um tipo de administração muito mecânica, não queriam saber sobre igualdade, o que importava era o lucro final. Passamos desse tipo de administração para a orgânica. Nós mulheres somos muito preparadas para uma empresa orgânica”, comentou. 

Enquanto isso, Flávia Lima, head de ESG do Banco Master e presidente do Instituto Terra Firme, diz que, tanto para o instituto quanto para o banco, o acordo com o Grupo Mulheres do Brasil, acrescentará experiências e ajudará os agentes a pensarem novas formas de equidade de gênero. 

“Queremos implementar imediatamente o programa de aceleração de carreira de mulheres negras. É um grupo constantemente colocado em segundo plano. Queremos iniciar esse programa aqui na Bahia, um lugar que precisamos transformar e mostrar oportunidades e a força de trabalho das mulheres”, disse Flávia.

Trajano comenta mudanças de governança

Lima reitera o intuito do Banco Master de oferecer oportunidades. “Quando fazemos isso, descobrimos talentos muito maiores do que imaginavamos”, analisa.

Além disso, Trajano e Lima comentam sobre o histórico de mudanças pelas quais as corporações passaram para integrar mulhes em cargos de confiança e liderança. “Já nascemos em uma geração em que é natural as mulheres trabalharem fora d ecasa. Porém em sub-empregos, diferente dos dos homens. Isso ainda acontece muito”, disse Lima.

“Esse programa mostra o talento e a capacidade. Essa mudança conseguimos não brigando, nem batendo de frente, mas mostrando que merecemos”, afirmou Trajano.

A presidente do Conselho da Magalu, falou também sobre a importância da força de vontade e do empenho para transformar a realidade das mulheres no mundo do trabalho.

“Quem vai asfaltar a nossa estrada somos nós, não é empresa, não é ninguém. E uma das coisas muito importantes para isso é querer. Não adianta dar oportunidade a quem não tem interesse. E saber que a gente não ganha dos dois lados em nenhuma situação”, finalizou ela.