Para fortalecer sua operação de marketplace, a Magalu (MGLU3) anunciou, nesta quinta-feira (11), a contratação de dois executivos que trabalhavam na Shein, Shopee e Mercado Livre (MELI34).
Os executivos, Raul Jacob e Kael Lourenço, serão responsáveis pela estruturação da operação de cross border da Magalu e pelo crescimento do número de parceiros e ofertas, respectivamente. A integração da empresa brasileira com a AliExpress será a primeira missão de Jacob.
“O cross border no varejo brasileiro ainda está em fase inicial. Esse mercado vai crescer bastante e existe muito para ser conquistado. A marca do Magalu e o nível de serviço que a empresa oferece serão diferenciais nessa equação”, diz Jacob, de acordo com o “InfoMoney”.
“Nosso primeiro trabalho será tirar do papel esse acordo inédito com o AliExpress. Os clientes terão uma experiência de compra única dentro do app, site e loja do Magalu. Estou muito animado com esse desafio”, continuou.
Lourenço levará à varejista as experiências adquiridas com o Mercado Livre. De acordo com ele, a empresa já é uma plataforma com muito audiência e com uma operação sólida de marketplace.
“No entanto, há espaço para acelerar o crescimento dessa operação. Já somos uma das principais do país e vamos consolidar nossa posição”, avaliou ele.
O intuito é acelerar o crescimento de sellers e mix de produtos na plataforma nos próximos trimestres, disse a Magalu.
Magalu (MGLU3) dá 1º passo e obriga concorrentes a ‘se mexerem’
O mercado tomou um susto com a novidade do Magalu (MGLU3) e recebeu com uma perspectiva muito positiva. Movido pelo bom humor dos investidores, o papel acabou não sustentando a alta nesta terça-feira (25) e fechou com queda de 2,63%, a R$ 11,84.
“O movimento fortalece as expectativas em relação a essa varejista. Porém, o Magalu vem enfrentando alguns problemas desde a pandemia. A inflação afetou muito o Magalu e todo o mercado do varejo”, explicou Ricardo Matte, CEO e fundador da Vincit Capital.
Segundo ele, a parceria é estratégica e deve ampliar a quantidade de produtos oferecidos pela empresa. Além disso, ele aponta que o movimento deve diversificar as fontes de receitas das duas empresas.
Em complemento, André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, destacou o movimento como uma “proteção” contra as concorrentes.