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Magalu (MGLU3) aprova aumento de capital privado de R$ 1,25 bi

Essa operação envolve a família Trajano, que detém o controle da varejista, e o banco BTG Pactual

O Magazine Luiza (MGLU3) anunciou no final da noite de domingo (28) sua intenção de realizar um aumento de capital que pode atingir até R$ 1,25 bilhão por meio de uma subscrição privada. Essa operação envolve a família Trajano, que detém o controle da varejista, e o banco BTG Pactual, liderado por André Esteves. O banco assumirá o financiamento da família Trajano durante esse processo de capitalização. 

Conforme delineado no comunicado relevante, a família contribuirá com R$ 1 bilhão, enquanto o BTG Pactual se comprometeu a subscrever até R$ 250 milhões.

Em termos práticos, o banco também estará respaldando a parte investida pelos Trajano. O BTG Pactual realizará a subscrição da parcela de R$ 1 bilhão, exercendo o direito de preferência dos controladores. Por meio de uma operação conhecida como “total swap return” no mercado financeiro, o banco repassará a ele os benefícios financeiros futuros das ações.

O valor de emissão está fixado em R$ 1,95 por ação, situando-se abaixo do fechamento de sexta-feira, que foi de R$ 2,08. Nos últimos 12 meses, os papéis acumulam uma queda significativa de 52,29%. Conforme detalhado pela Magalu, a operação envolverá a emissão de um montante variando entre 608.974.359 e 641.025.641 ações, resultando em um volume de capitalização que oscila entre R$ 1,19 bilhão e R$ 1,25 bilhão. Importante destacar que os acionistas atuais terão direito de preferência nesse processo.

Magalu (MGLU3) quer diluir caixa para quitar dívida de R$ 3 bilhões

O Magazine Luiza (MGLU3) pode buscar liquidar as operações com caixa próprio para quitar uma dívida de curto prazo avaliada em R$ 3 bilhões, segundo informações do IM Business.

De acordo com a publicação, a empresa não pretende fazer novas captações e deve enfrentar o ciclo de queda da Selic com o que tem em caixa – no terceiro trimestre de 2023, o caixa total foi de R$ 8,1 bilhões.

Isso será possível graças à melhora da rentabilidade e do controle das despesas vistos no último balanço. O grupo viu suas despesas financeiras caírem para R$ 456 milhões no período, pouco mais de 5% de sua receita (essa proporção era de 6,2% em 2022).

Em 14 de janeiro, o Magalu terá de efetuar o pagamento de um título de dívidas avaliado em R$ 800 milhões. Em abril, vencerá R$ 1,5 bilhão em notas promissórias, valor que corrigido pode chegar a R$ 1,97 bilhão. Procurado, o Magalu ainda não respondeu.