Magalu (MGLU3) mantém rating AAA, a maior nota de crédito do mercado brasileiro

Decisão da Standard&Poors ocorre devido à expectativa de aumento das margens de lucro da varejista

A Magalu (MGLU3) teve sua nota de crédito mantida pela agência internacional Standard&Poors, conforme anunciado nesta quinta-feira (14). A varejista é qualificada no rating brAAA, a melhor nota para o mercado brasileiro. 

Segundo analistas da S&P, a Magalu (MGLU3) detém uma boa posição de caixa e vem registrando uma melhora do capital de giro devido à redução de estoques. Tais avaliações motivam uma expectativa de aumento das margens de lucro operacionais da varejista.

Apesar de margens mais fracas registradas pela Magalu (MGLU3) em 2021, influenciadas principalmente por conta da retração das vendas em lojas físicas, especialistas da S&P acreditam que a empresa apresente recuperação nos números para o ano de 2022. com a integração das aquisições recentes e avanço da plataforma de marketplace, trazendo maior diversificação de produtos, categorias e maiores receitas de serviços agregados. 

“A perspectiva estável indica nossa expectativa de que a empresa seguirá apresentando sólido crescimento de receitas, impulsionado principalmente pela evolução de seu marketplace”, informa, em comunicado, a agência.

Após um desempenho acima da média em 2020, os resultados abaixo do esperado registrados pela Magalu (MGLU3) em 2021 não representam riscos para a agência, considerando o cenário macroeconômico desafiador de juros mais altos e inflação acima da meta. Some-se a isso os impactos da pandemia da Covid-19, que provocaram o fechamento temporário das lojas não apenas da varejista, mas também de outras empresas do setor. 

Nesse sentido, analistas da S&P preveem recuperação das margens no contexto de adequação do ambiente de negócio no pós-pandemia, com o e-commerce impulsionando as receitas e uma maior eficiência operacional. 

“Acreditamos que o Magazine Luiza apresentará melhora relevante de margens em 2022, resultado de iniciativas importantes nas quais a empresa vem trabalhando para retomar a sua rentabilidade.”, afirmou, em nota.

Dentre as adaptações internas que a varejista vem implementando para impulsionar as margens, observa-se a redução de subsídios aos sellers de sua plataforma de marketplace (comissões e frete), além da ampliação dos serviços financeiros oferecidos de itens e categorias disponíveis para venda. Com tais medidas, a S&P espera uma margem EBITDA em torno de 7,0% em 2022, com crescimento gradual nos anos seguintes.

 

Magalu (MGLU3) deve focar em digitalização

Outro ponto que fortalece a posição de mercado da Magalu (MGLU3) se refere às estratégias de aquisições e digitalização da varejista. Nos últimos dois anos, a empresa realizou cerca de 20 aquisições, com objetivo de diversificar as categorias e os produtos oferecidos em seu e-commerce. 

“Em nossa visão, parte importante da estratégia do Magazine Luiza para os próximos anos é continuar aumentando a representatividade de sua plataforma online, trazendo novos sellers para seu marketplace, com foco em varejistas locais que atualmente apenas vendem no formato físico”, avaliam os analistas da S&P.

No final de 2021, a Magalu (MGLU3) concluiu a aquisição da KaBum!, plataforma online de tecnologia com produtos principalmente voltados ao público gamer. Para a agência, isso deve adicionar uma carteira de clientes cativos, com boa recorrência de compra e tendência de maiores montantes pagos à vista.