O Magazine Luiza (MGLU3) reportou prejuízo de R$ 35,9 milhões no quarto trimestre de 2022, revertendo lucro de R$ 93 milhões no mesmo período de 2021, segundo documento enviado ao mercado na noite de quinta-feira (9).
A cifra veio melhor que o esperado pela Bloomberg, que aguardava prejuízo de R$ 76 milhões. Este foi o quinto resultado negativo seguido do Magalu, com a série tendo início desde o quarto trimestre de 2021.
Já na base que exclui efeitos não recorrentes, como créditos tributários e honorários de especialistas, o prejuízo foi de R$ 146 milhões, o quarto trimestral em sequência.
As vendas totais feitas pelo Magazine Luiza somaram R$ 18 bilhões no período, com crescimento de 15,5% na comparação anual. No e-commerce, as vendas totalizaram R$ 12,9 bilhões, alta de 15,9%, impulsionada pela Copa do Mundo e Black Friday.
O crescimento das vendas contribuiu para o ebitda ajustado de R$ 673,7 milhões no quarto trimestre do ano passado. O indicador disparou 176,7% comparado ao mesmo trimestre em 2021. A margem ebitda ajustada foi de 6%, avançando 3,4 pontos percentuais.
A receita líquida da companhia foi de R$ 17,959 bilhões no último trimestre, alta de 15,5% ante o resultado obtido um ano antes.
No trimestre, a geração de caixa operacional foi de R$ 2,2 bilhões, influenciada pela evolução no resultado operacional e pala variação do capital de giro. O destaque ficou com a forte redução nos níveis de estoque.
Nesta quinta-feira, as ações da Magazine Luiza fecharam com queda de 1,17%, cotadas a R$ 3,39.
Magalu (MGLU3) irá vender criptomoedas em aplicativo
A Magazine Luiza (MGLU3) revelou nesta sexta-feira (03) que irá permitir a compra e venda de criptomoedas por meio do aplicativo MagaluPay. A data de estreia da nova funcionalidade ainda não foi divulgada.
“Para muitos desses clientes, esse será o primeiro contato com criptoativos e a oportunidade de iniciar investimentos em moedas digitais, a partir de 1 real”, disse Leandro Hespanhol, diretor comercial e de novos negócios da Fintech Magalu, em comunicado.
A varejista afirmou que irá revelar “em breve” os três primeiros criptoativos que serão disponibilizados para negociação.
A Fintech Magalu, braço financeiro do Magazine Luiza, é resultado da integração das empresas adquiridas Bit55, Stoq e Hub Fintech. A companhia é responsável pela operação de pagamento de aplicativos de entrega, caminhoneiros e transportadores de algumas empresas.
De acordo com o “InfoMoney”, a empresa de Luiza Trajano fechou uma parceria com o Mercado Bitcoin, que ficará responsável por intermediar as transações e fazer a custódia dos ativos.
“Não trabalhamos exclusivamente para o ecossistema Magalu. Já somos uma referência na prestação de serviços financeiros para mais de 50 companhias de todos os tamanhos”, reiterou Hespanhol.