A Magalu (MGLU3) conseguiu a aprovação para prorrogar o prazo de vencimento da dívida de dois anos, no final de 2026 para outubro de 2028. Cerca de 100% de investidores que detém debêntures emitidas em 2021 votaram a favor da mudança, segundo a ata da assembleia realizada em 27 dezembro, divulgada na quinta-feira (2).
A alteração no prazo de vencimento implica também em mudança na remuneração dos papéis. A Magalu emitiu debêntures de R$ 2 bilhões em outubro de 2021 pagando aos investidores remuneração de CDI mais 1,25%. A partir de agora, será o CDI mais 1,75%.
Além disso, a assembleia de debenturistas também aprovou alterações nas condições dos papéis. Não haverá mais a garantia flutuante, segundo o “E-Investidor”.
Esse mecanismo traz mais proteção aos investidores e assegura que eles tenham direito sobre os vários ativos de uma empresa sem impedir que a companhia negocie esses ativos.
Por outro lado, foi incluída a cláusula de “negative pledge”, um outro mecanismo de proteção aos investidores. Ele limita a capacidade do emissor dos papéis de comprometer seus ativos ou garantias de maneira que possa prejudicar o pagamento da dívida.
Com as alterações, agora a Magalu tem um novo cronograma para o pagamento do principal e juros. A amortização será realizada em oito parcelas a partir de janeiro de 2027. O prêmio pago pelo emissor, em caso de resgate antecipado dos papéis, também foi alterado.
Magalu (MGLU3): Morgan Stanley recomenda venda; entenda motivo
Em um novo relatório sobre o varejo, o Morgan Stanley (MSBR34) manteve a recomendação de venda para as ações do Magalu (MGLU3) e da Casas Bahia (BAHIA3).
Os analistas acreditam que o Magalu (MGLU3) e a Casas Bahia continuarão enfrentando “ventos contrários”, que deverão persistir em dois dígitos por mais tempo do que o previsto anteriormente.
Com isso, a expectativa é que, mesmo com as despesas financeiras diminuindo uma retração, o fluxo da caixa será impactado pelo nível elevado de juros.
Além disso, espera-se que as companhias não tenham um desempenho promissor nas categorias de título mais alto.
“Apesar da parceria com o AliExpress, que pode dar suporte à expansão em categorias de tíquete mais baixo, argumentamos que o cenário de juros elevados por mais tempo pode limitar a magnitude de uma recuperação nas vendas das principais categorias de tíquete mais alto”, afirmou o relatório, conforme divulgado pela “Suno”.