O Magazine Luiza (MGLU3) teve prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, contra lucro líquido de R$ 258,6 milhões no mesmo período de 2021. O número foi 15% melhor que o esperado pelo mercado, que projetava prejuízo líquido de R$ 189 milhões para o período, segundo a agência “Bloomberg”.
O resultado do trimestre, segundo o Magazine Luiza em material divulgado à imprensa nesta segunda-feira (16), após fechamento do pregão, foi afetado pelo aumento das despesas financeiras no período. Os gastos com a operação alcançaram R$ 2,33 bilhões entre janeiro e março no consolidado, alta de 52% contra o apurado no primeiro trimestre do ano passado.
O Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ajustado foi de R$ 434,2 milhões, alta de 1,7% na base anual. A margem Ebitda ajustada ficou em 5% no período, o que representa uma leve queda (de 0,2 ponto percentual) na base anual.
De acordo com a companhia, a margem apresentou sinais de recuperação no trimestre, tendo alcançado 6,1% no mês de março. “Reflexo dos ajustes realizados com o objetivo de equilibrar vendas e rentabilidade”, trouxe o balanço. A empresa explicou que a alta veio do crescimento das vendas, em conjunto com o aumento da margem bruta.
“A evolução da margem é fruto da busca do equilíbrio entre crescimento e rentabilidade, sobretudo no setor de bens duráveis, no qual somos líderes”, disse Frederico Trajano, CEO do Magalu, no documento apresentado ao mercado. “A empresa volta a um patamar de margens que só uma operação multicanal como a nossa consegue garantir.”
Magalu melhora faturamento com salto digital
No último período, as vendas totais da companhia, que incluem resultados das lojas e do e-commerce, ultrapassaram R$ 14 bilhões, alta 13% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Na comparação com o resultado da operação dois anos atrás, o salto foi de 84%.
O faturamento da plataforma de comércio eletrônico da varejista avançou 16% na comparação anual, alcançando R$ 10,2 bilhões, o que corresponde a quase três quartos (72%) das vendas totais da companhia no período. Na comparação com o ano de 2020, o crescimento do e-commerce foi de 149%.
O marketplace, por sua vez, hoje com mais de 180 mil vendedores (sellers), alcançou R$ 3,6 bilhões em vendas no trimestre. Vale ressaltar que o número está contemplado no resultado da divisão do e-commerce, e, portanto, representa 36% das vendas online do Magazine Luiza de janeiro a março, um crescimento de 50% do faturamento na base anual.
As lojas físicas do Magazine Luiza (MGLU3) venderam R$ 4 bilhões no trimestre, 6% a mais que no mesmo período de 2021, quando o País atravessava a segunda onda de fechamentos provocada pela pandemia da covid-19. “Em março, o crescimento acelerou ajudado parcialmente pela menor base de comparação”, afirmou a companhia no documento.