O Magazine Luiza (MGLU3) sentiu os efeitos macroeconômicos da pandemia, com a escalada da inflação, dos juros e o baixo crescimento do PIB. Não à toa, a varejista apresentou prejuízo de R$ 79 milhões no quarto trimestre do ano passado. O mercado reagiu. De março de 2021 a março de 2022, as ações da empresa tiveram queda de 78,9%. Mesmo com a onda negativa, a gigante do e-commerce brasileiro busca expandir o marketplace, a maior aposta da varejista para melhorar os resultados neste ano.
Há alguns anos o Magazine Luiza diz que o objetivo da empresa é “digitalizar o Brasil”. A companhia tem mostrado bons retornos do digital e deve seguir com os investimentos no setor. A empresa tem como principal foco acelerar a digitalização do pequeno varejista brasileiro em 2022, através do programa chamado “Parceiro Magalu”.
“Eu quero trazer o varejista que não está presente no digital para começar a vender online. No Brasil, existem quase 6 milhões de CNPJs, dos quais 300 mil vendem online. Quero trazer este seller para dentro da minha plataforma e, com isso, ter produto no Brasil todo”, disse Leandro Soares, diretor executivo de marketplace da Magazine Luiza, em entrevista ao BP Money.
A partir da venda de produtos de todas as categorias e para as mais variadas classes, o Magazine Luiza quer equilibrar sua receita, dado o cenário macroeconômico atual.
Notícias Relacionadas
Dividendos extraordinários
Petrobras (PETR4) aprova distribuição de R$ 20 bi em proventos
Do montante aprovado pela Petrobras, R$ 15,6 bilhões serão distribuídos como dividendos intermediários
Negócios
BRF (BRFS3) amplia atuação na China: bancos analisam efeitos no mercado
A BRF comprou uma fábrica de alimentos processados na China por US$ 43 milhões; Goldmam Sachs e Bradesco BBI avaliaram poitivamente
“A gente quer, no marketplace, vender todas as categorias. Com isso, a gente consegue tirar um pouco da sazonalidade, vendendo produtos o ano inteiro, o tempo todo”, disse Soares.
A pandemia causa pelo covid-19 foi responsável pelo “boom” de vendas no digital. Para o Magazine Luiza, que já tratava esses serviços como prioridade desde 2018, a melhoria do sistema aconteceu de forma mais natural.
“A pandemia acelerou muito a digitalização, lançamos o Parceiro Magalu em março de 2020, porque precisávamos ajudar o pequeno varejista a vender online. Agora a gente cresce a partir de uma base muito maior”, afirmou o executivo.
“Hoje o marketplace é o grande motor de crescimento da empresa. Se a gente olhar a empresa como um todo, ela dobrou de tamanho nos últimos anos, o online triplicou e o marketplace quadruplicou. Então ele é o que traz o crescimento de vendas hoje. Além de trazer diversificação de produtos, muito mais categorias e muito mais opções pros nossos clientes”, complementou Soares, diretor do Magazine Luiza.
