A indicação de Magda Chambriard à presidência do Conselho de Administração do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) foi aprovada pelo conselho da iantituição, na terça-feira (4).
Eleita de forma unânime, Chambriard passa a ocupar o cargo como membro do Conselho de Administração até março de 2025, quando termina o mandato do colegiado atual, segundo o IBP.
“É com grande satisfação que assumo a presidência do Conselho de Administração do IBP, instituição que, há 66 anos, se dedica ao avanço de uma indústria competitiva e sustentável”, disse Chambriard em nota do Instituto.
“Atuarei junto ao Conselho buscando soluções aos desafios do setor de petróleo e gás, em prol de um desenvolvimento contínuo da nossa indústria e comprometido com a segurança energética”, disse Magda Chambriard em nota divulgada pelo IBP”, afirmou.
Chambriard quis agradar a gregos e troianos; Como o mercado reagiu?
Magda Chambriard falou na segunda-feira (27) a noite pela primeira vez como presidente da Petrobras (PETR4). A coletiva, segundo especialistas, contou com um discurso completamente “dentro do esperado” da nova CEO da petroleira, com o objetivo de agradar a gregos e troianos e acalmar os ânimos do mercado.
Para Mônica Araújo, estrategista de Renda Variável da InvestSmart, somente o fato da presidente da Petrobras ter rapidamente dado declarações sobre as suas percepções quanto à estatal já é um ponto positivo.
Na avaliação de Araújo, porém, é preciso tempo para compreender as ações e o que efetivamente vai mudar com Magda Chambriard no comando da empresa.
A consultora financeira Ítala dos Anjos concorda: é preciso acompanhar de perto o que será feito a partir de agora e o time que será montado para saber se as políticas empresariais, como distribuição de dividendos e aumento de lucro, serão atentidas, levanto em consideração tanto os interesses públicos quanto privados.
Ítala chama atenção ainda para o fato de que a incredulidade do mercado em relação à posse de Magda Chambriard tem um viés de gênero.
“Ter mulheres liderando grandes corporações ainda é uma grande lacuna. Menos de 13% do público que lidera grandes mercados é feminino. É uma representatividade valiosa, manda uma mensagem muito clara”, destacou a consultora financeira.